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1/16 (BM&FBovespa/Divulgação)
São Paulo - O mercado pegou pesado com as ações das construtoras na bolsa brasileira. E um dos melhores indicadores para perceber o quão descontadas essas empresas estão no mercado é comparar o valor de mercado dessas companhia com valor de liquidação. Foi o que fez o Bank of America Merrill Lynch em um relatório publicado nesta semana. O valor de liquidação no caso das construtoras, explicam os analistas, é o valor nominal do fluxo de caixa dos projetos em andamento. Isto é, a partir dele, pode-se calcular o fluxo de caixa descontado dos projetos, o componente mais importante do valor de uma construtora. O relatório, assinado pelos analistas Guilherme Vilazante, Carlos Peyrelongue e Daniel Gasparete, revela mercado “excessivamente pessimista”. Como referência, eles citam que o valor de mercado das nove empresas que são cobertas pelo banco atualmente é de apenas 60% do seu valor de liquidação, o que significa que o mercado não está nem precificando os ativos que as empresas já têm. Gafisa, Rossi e Brookfield, por exemplo, são negociadas a 0,35 vezes o preço/valor de liquidação, múltiplo usado na análise. “Em nossa visão, o apetite de crescimento das construtoras em 2008 foi excessivo, ao apelar para uma rede de parceiros e joint ventures para cumprir as metas de crescimento ambiciosas”, explicam os analistas. Além disso, os níveis de terceirização foram exagerados e chegaram a mais de 50% do volume. O aquecimento da indústria levou a atrasos nas obras, uma maior alavancagem e margens reduzidas. O resultado desta equação incômoda foi a forte queda das ações e da reputação da indústria. A saída encontrada pelo setor para sair dessa situação foi por o pé no freio: os lançamentos caíram mais de 40% desde 2010 e o foco está na recuperação da rentabilidade e em acelerar a geração de caixa. -
2. Cyrela
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2/16 (Talita Abrantes/EXAME.com)
Historicamente, a Cyrela (CYRE3) tem sido a líder no mercado das construtoras, estreando mais cedo do que seus pares no mercado e crescendo mais rápido e mais amplamente. Mas, mais importante que isso, os analistas ressaltam que a Cyrela pisou no freio durante o período de crescimento antes de seus pares, o que foi uma decisão acertada e a colocou na vanguarda da recuperação. Recomendação: neutra Preço-alvo: 22,50 reais Potencial de valorização: 19% Valor de liquidação: 8, 816 bilhões de reais Valor de mercado: 7,95 bilhões de reais P/LV: 0,90 -
3. Gafisa
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3/16 (CLAUDIO ROSSI/VOCÊ S/A)
Para a Gafisa (GFSA3), os analistas acreditam que ainda são necessários alguns trimestres de geração de caixa a serem considerados no valuation. “Após o final dos projetos problemáticos e atrasados, acreditamos que a empresa pode voltar a acelerar o crescimento”, explicam. Recomendação: compra Preço-alvo: 9 reais Potencial de valorização: 137% Valor de liquidação: 4,19 bilhões de reais Valor de mercado: 1,65 bilhões P/LV: 0,39 -
4. MRV
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4/16 (AGENCIA NITRO)
Em relação à MRV (MRVE3), os analistas afirmam que apesar da melhor execução e do atrativo potencial de valorização, há riscos para a rentabilidade que poderiam fazer com que as ações tenham desempenham inferior ao de seus pares. Os recentes esforços para melhorar a rentabilidade (aumento de preços, em detrimento do volume) e os benefícios de um ambiente menos competitivo não serão completamente refletidos nos resultados antes de 2015. Recomendação: desempenho abaixo da média do mercado Preço-alvo: 13 reais Potencial de valorização: 81% Valor de liquidação: 6.24 bilhões de reais Valor de mercado: 3.53 bilhões de reais P/LV: 0,57 -
5. PDG Realty
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5/16 (EDUARDO MONTEIRO)
“Nós temos alta convicção de que a PDG (PDGR3) deve virar o jogo em algum momento deste ano, o que poderia levar a uma quantidade significativa de caixa e possivelmente torná-la a ação do ano”, afirmam os analistas. Recomendação: neutra Preço-alvo: 4 reais Potencial de valorização: 59% Valor de liquidação: 7,84 bilhões de reais Valor de mercado: 3,91 bilhões de reais P/LV: 0,50 -
6. Rossi Residencial
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6/16 (Divulgação)
Na opinião do banco, o ponto de inflexão da Rossi (RSID3) ainda está muito distante para a empresa estar no radar dos investidores. A empresa está um passo atrás de seus pares na recuperação. Além disso, recentemente abriu mão do crescimento, tornando a recuperação de margens e geração de caixa uma meta ainda mais distante. Recomendação: desempenho abaixo da média do mercado Preço-alvo: 4 reais Potencial de valorização: 11% Valor de liquidação: 3.37 bilhões de reais Valor de mercado: 1.53 bilhões de reais P/LV: 0,46 -
7. Brookfield
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7/16 (Germano Lüders/EXAME.com)
A Brookfield (BISA3) desistiu de seus planos para transformar seu foco em execução e melhoria de rentabilidade. Segundo os analistas, esse movimento coloca a empresa nos últimos lugares do bloco de recuperação. “Nós não esperamos que o dinheiro torne-se positivo até 2014 e que a recuperação da margem leve ainda mais tempo do que isso”, explicam.
Recomendação: desempenho abaixo da média do mercado Preço-alvo: 3,50 reais Potencial de valorização: 92% Valor de liquidação: 4,24 bilhões de reais Valor de mercado: 1,12 bilhões de reais P/LV: 0,26 -
8. Even
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8/16 (Divulgação/Facebook)
“Na nossa visão, o mercado ainda não está precificando inteiramente a tese de investimento da Even”, afirmam os analistas do banco. Eles explicam que embora a empresa ainda tenha desempenho inferior ao de seus pares no que se refere ao crescimento da receita, a Even (EVEN3) entrega resultados acima da média em termos de sustentabilidade de margens e melhoria gradual do retorno sobre o capital investido. A expectativa é de que ação continue a superar seus pares baseada em resultados consistentes e aumento de rentabilidade. Recomendação: compra Preço-alvo: 15 reais Potencial de valorização: 63% Valor de liquidação: 2,73 bilhões de reais Valor de mercado: 2,19 bilhões de reais P/LV: 0,80 -
9. Tecnisa
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9/16 (Reprodução)
Para a Tecnisa (TCSA3), a recuperação está próxima. Os analistas acreditam que a maior parte do ciclo de aperto será concluído esse ano, o que deve abrir espaço para a geração de caixa e recuperação das margens. Recomendação: compra Preço-alvo: 14 reais Potencial de valorização: 39% Valor de liquidação: 2,46 bilhões de reais Valor de mercado: 1,92 bilhões de reais P/LV: 0,78 -
10. Direcional
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10/16 (Divulgação)
Embora os analistas esperem que a rentabilidade superior da Direcional (DIRR3) continue no curto prazo, impulsionada por uma dinâmica favorável de preços mais altos somado aos incentivos fiscais do governo, eles acreditam que haja pouco espaço para os papéis continuarem tendo um desempenho acima da média. Recomendação: desempenho abaixo da média do mercado Preço-alvo: 17 reais Potencial de valorização: 7% Valor de liquidação:1,94 bilhões de reais Valor de mercado: 2,50 bilhões de reais P/LV: 1,29 -
11. CR2
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11/16 (Divulgação)
Valor de liquidação: 367 milhões de reais Valor de mercado: 213 milhões de reais P/LV: 0,58 -
12. Eztec
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12/16 (Divulgação)
Valor de liquidação: 3,12 bilhões de reais Valor de mercado: 4,54 bilhões de reais P/LV: 1,45 -
13. Helbor
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13/16 (Divulgação)
Valor de liquidação: 1,98 bilhões de reais Valor de mercado: 2 bilhões de reais P/LV: 1,01 -
14. Rodobens
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14/16 (Divulgação)
Valor de liquidação: 963 milhões de reais Valor de mercado: 746 milhões de reais P/LV: 0,77 -
15. Trisul
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15/16 (Divulgação/ Site Trisul)
Valor de liquidação: 685 milhões de reais Valor de mercado: 359 milhões de reais P/LV: 0,52 -
16. O que esperar de 5 ações do setor elétrico na bolsa
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16/16 (AFP / Don Emmert)
O quão descontadas estão 14 construtoras na bolsa
Análise do Bank of America Merrill Lynch revela que o mercado está “excessivamente pessimista”
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