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Ministro chinês: emissão de dólares está "fora de controle"

PEQUIM, 26 de outubro (Reuters) - A emissão de dólares pelos Estados Unidos está "fora de controle", levando a um aumento da inflação na China, disse o ministro chinês do Comércio em comentários divulgados nesta terça-feira. Chen Deming, falando em uma feira comercial no sul da China, afirmou que os exportadores têm feito um bom […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2010 às 14h10.

PEQUIM, 26 de outubro (Reuters) - A emissão de dólares
pelos Estados Unidos está "fora de controle", levando a um
aumento da inflação na China, disse o ministro chinês do
Comércio em comentários divulgados nesta terça-feira.

Chen Deming, falando em uma feira comercial no sul da
China, afirmou que os exportadores têm feito um bom trabalho ao
prepararem-se para mudanças na taxa de câmbio e também para o
aumento nos custos trabalhistas, mas foram repentinamente
confrontados com novos desafios.

"Uma vez que a emissão de dólares pelos Estados Unidos está
fora de controle e os preços das commodities internacionais
continuam subindo, a China está sendo atacada pela inflação de
importados. As incertezas com isso estão causando grandes
problemas", disse Chen, segundo a agência de notícias oficial
do país Xinhua.

Autoridades chinesas vêm criticando a política monetária
norte-americana, dizendo que ela é excessivamente frouxa, mas
raramente o fazem em discurso tão explícito.

No encontro do G20 na Coreia do Sul, terminado no sábado, o
ministro de Finanças chinês, Xie Xuren, afirmou que os
emissores das principais moedas de reserva --liderados pelos
EUA-- têm de seguir políticas econômicas responsáveis.

Junto com o risco inflacionário, o dólar mais fraco também
impõe pressão de valorização sobre o iuan.

A inflação ao consumidor chinês avançou a 3,6 por cento no
acumulado do ano até setembro, máxima em 23 meses. O aumento
dos preços ocorre basicamente pelos custos dos alimentos, e
muitos economistas esperam que a inflação atinja o pico antes
do final do ano.

Apesar da preocupação com o impacto da política monetária
dos EUA, Chen deu uma perspectiva positiva para o comércio
chinês no próximo ano. Ele disse que o crescimento das
exportações será estável, enquanto o das importações será
forte.

(Reportagem de Simon Rabinovitch)

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PEQUIM, 26 de outubro (Reuters) - A emissão de dólares
pelos Estados Unidos está "fora de controle", levando a um
aumento da inflação na China, disse o ministro chinês do
Comércio em comentários divulgados nesta terça-feira.

Chen Deming, falando em uma feira comercial no sul da
China, afirmou que os exportadores têm feito um bom trabalho ao
prepararem-se para mudanças na taxa de câmbio e também para o
aumento nos custos trabalhistas, mas foram repentinamente
confrontados com novos desafios.

"Uma vez que a emissão de dólares pelos Estados Unidos está
fora de controle e os preços das commodities internacionais
continuam subindo, a China está sendo atacada pela inflação de
importados. As incertezas com isso estão causando grandes
problemas", disse Chen, segundo a agência de notícias oficial
do país Xinhua.

Autoridades chinesas vêm criticando a política monetária
norte-americana, dizendo que ela é excessivamente frouxa, mas
raramente o fazem em discurso tão explícito.

No encontro do G20 na Coreia do Sul, terminado no sábado, o
ministro de Finanças chinês, Xie Xuren, afirmou que os
emissores das principais moedas de reserva --liderados pelos
EUA-- têm de seguir políticas econômicas responsáveis.

Junto com o risco inflacionário, o dólar mais fraco também
impõe pressão de valorização sobre o iuan.

A inflação ao consumidor chinês avançou a 3,6 por cento no
acumulado do ano até setembro, máxima em 23 meses. O aumento
dos preços ocorre basicamente pelos custos dos alimentos, e
muitos economistas esperam que a inflação atinja o pico antes
do final do ano.

Apesar da preocupação com o impacto da política monetária
dos EUA, Chen deu uma perspectiva positiva para o comércio
chinês no próximo ano. Ele disse que o crescimento das
exportações será estável, enquanto o das importações será
forte.

(Reportagem de Simon Rabinovitch)

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