Mercados

Mercado local mira exterior negativo antes de Copom

São Paulo - A saída de Antonio Palocci da chefia da Casa Civil e a nomeação da senadora Gleisi Helena Hoffmann para ocupar o cargo devem ser objeto de discussão nesta quarta-feira no ambiente financeiro local, enquanto investidores aguardam a decisão sobre juros do Banco Central, mas analistas não acreditam em um impacto relevante nos […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2011 às 08h24.

São Paulo - A saída de Antonio Palocci da chefia da Casa Civil e a nomeação da senadora Gleisi Helena Hoffmann para ocupar o cargo devem ser objeto de discussão nesta quarta-feira no ambiente financeiro local, enquanto investidores aguardam a decisão sobre juros do Banco Central, mas analistas não acreditam em um impacto relevante nos ativos brasileiros.

Maurício Rosal, economista-chefe para Brasil da Raymond James, espera uma reação "muda" do mercado no curto prazo, uma vez que se tratava de um evento amplamente esperado. "No longo prazo, entretanto, é provável que o problema de falta de uma agenda específica de Dilma (Rousseff) se torne mais proeminente." Na visão de Win Thin, chefe global para estratégia de mercados emergentes na Brown Brothers Harriman, a notícia é ligeiramente negativa para o real no curto prazo, mas "não vemos como um catalisador para um grande sell-off".

Para o Copom, a expectativa majoritária é de alta da Selic para 12,25%. "Se, por um lado, o cenário global tem apresentado um quadro bastante volátil e de perda de momentum neste segundo trimestre..., por outro, ainda há um grau relevante de incerteza em relação à magnitude da desaceleração da economia brasileira", escreveram os economistas do Bradesco.

Nos mercados financeiros externos, o viés negativo prevalecia, após o chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, reconhecer na véspera o desaquecimento da economia norte-americana, sem sinalizar eventuais novas medidas de estímulo. A chance e as discussões em torno de uma eventual reestruturação da dívida grega também seguiam no radar.

O índice MSCI para ações globais caía 0,62 por cento às 7h45 e para emergentes recuava 0,8 por cento. O MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão perdia 1,01 por cento. O europeu FTSEurofirst 300 registrava decréscimo de 1,28 por cento e o futuro do S&P-500 cedia 0,61 por cento --7,80 pontos-- nos EUA. Na Ásia, o Nikkei ainda fechou em alta de 0,07 por cento e o índice da bolsa de Xangai avançou 0,22 por cento.

O declínio nas commodities corroborava as quedas nas praças acionárias, com o cobre cedendo 1,64 por cento em Londres e afetando principalmente as mineradoras na Europa. O petróleo do tipo Brent verificava declínio de 0,78 por cento, a 115,87 dólares. Nas operações eletrônicas em Nova York, o barril do óleo era transacionado em baixa de 0,97 por cento, a 98,13 dólares.

Entre as moedas, o índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais moedas globais, subia 0,37 por cento, enquanto o euro desvalorizava-se 0,48 por cento, a 1,4620 dólar. Ante o iene, porém, o dólar depreciava-se 0,51 por cento, a 79,77 ienes.

Veja a agenda com os principais indicadores econômicos desta quarta-feira.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

Multiplan assina memorando para vender 25% de shopping em Jundiaí por R$ 251 milhões

Petróleo cai mais de 4% de olho em China e Oriente Médio

Azul sobe 19% e lidera altas com anúncio de acordo com credores

O que está por trás do ‘banho de água fria’ da China no mercado, segundo a Gavekal