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Mercado já vê o que era impensável para Itália há poucos meses, diz economista

Taxas dos títulos de 10 anos do país chegaram aos mesmos níveis de 15 anos atrás

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 15h36.

São Paulo – Os investidores já mostram uma grande preocupação sobre a situação da dívida italiana. Os temores estão escancarados no mercado de títulos soberanos, que já colocam as taxas dos papéis com vencimento em 10 anos aos mesmos níveis vistos há 15 anos. A diferença (spread) com os títulos alemães alcançam 4,5 pontos percentuais.

“Até uns meses atrás, os mercados davam pouca atenção para os fundamentos da Itália , assumindo que um calote do país e a saída da zona do euro como impossíveis. Os spreads atuais aliados aos déficits criam uma combinação perigosa”, explica o economista e pesquisador italiano Paolo Manasse em uma análise publicada nesta segunda-feira.

O primeiro-ministro do país, Silvio Berlusconi , está por um fio.

Essa é ao menos a avaliação estampada hoje pelos jornais italianos. Berlusconi disse que os rumores são infundados e que a sua maioria no Parlamento será confirmada amanhã, quando haverá uma votação para provar que ainda possui o apoio da casa.

“A renúncia do Sr. Berlusconi, enquanto provavelmente necessária no momento atual, dificilmente irá ser suficiente para substituir o doloroso e longo ajuste fiscal”, afirma Manasse, que leciona na Universidade de Bolonha, na Itália, e também foi consultor do FMI, OCDE e o Banco Mundial.

Na semana passada, o país concordou em ter a supervisão do FMI da EU sobre o cumprimento das reformas fiscais.

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“Até uns meses atrás, os mercados davam pouca atenção para os fundamentos da Itália , assumindo que um calote do país e a saída da zona do euro como impossíveis. Os spreads atuais aliados aos déficits criam uma combinação perigosa”, explica o economista e pesquisador italiano Paolo Manasse em uma análise publicada nesta segunda-feira.

O primeiro-ministro do país, Silvio Berlusconi , está por um fio.

Essa é ao menos a avaliação estampada hoje pelos jornais italianos. Berlusconi disse que os rumores são infundados e que a sua maioria no Parlamento será confirmada amanhã, quando haverá uma votação para provar que ainda possui o apoio da casa.

“A renúncia do Sr. Berlusconi, enquanto provavelmente necessária no momento atual, dificilmente irá ser suficiente para substituir o doloroso e longo ajuste fiscal”, afirma Manasse, que leciona na Universidade de Bolonha, na Itália, e também foi consultor do FMI, OCDE e o Banco Mundial.

Na semana passada, o país concordou em ter a supervisão do FMI da EU sobre o cumprimento das reformas fiscais.

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