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Mercado de Nova York mira zona do euro e despenca

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam em queda acentuada, pressionados por receios com a possibilidade de a Itália ser o próximo país tragado pela crise das dívidas soberanas da zona do euro, principalmente depois de o juro cobrado pelos investidores para conceder empréstimos ao governo italiano ter […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2011 às 22h51.

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam em queda acentuada, pressionados por receios com a possibilidade de a Itália ser o próximo país tragado pela crise das dívidas soberanas da zona do euro, principalmente depois de o juro cobrado pelos investidores para conceder empréstimos ao governo italiano ter atingido o maior nível desde que o país ingressou no bloco monetário.

Hoje, o juro projetado pelos títulos soberanos da Itália no mercado secundário superou 7% (mesmo nível registrado pelos bônus da Grécia, da Irlanda e de Portugal antes de esses países precisarem ser resgatados. O aumento no juro ocorreu depois de a câmara de compensação LCH.Clearnet ter elevado a margem exigida para operar títulos do governo italiano.

"A Itália deu o pontapé (para a queda), mas a sequência disso será a dúvida sobre se a zona do euro vai se sustentar", disse Rick Bensignor, estrategista-chefe de mercado da Merlin Securities. "Você pode mudar os políticos, como vimos com Papandreou e Berlusconi, mas se alguém efetivamente sair do bloco, será algo diferente. Seria modificado tudo o que está em vigor desde 1999", acrescentou.

A aversão ao risco fez os preços dos Treasuries subirem, com respectivo movimento inverso dos juros. No final da tarde em Nova York, o juro projetado pelos T-bonds de 30 anos estava em 3,023%, de 3,139% na terça-feira; o juro das T-notes de 10 anos estava em 1,964%, de 2,080%; o juro das T-notes de 2 anos estava em 0,234%, de 0,246%.


Entre as ações, o índice Dow Jones caiu 389,24 pontos, ou 3,20%, para 11.780,94 pontos. O Nasdaq perdeu 105,84 pontos, ou 3,88%, para 2.621,65 pontos. O S&P 500 teve declínio de 46,82 pontos, ou 3,67%, para 1.229,10 pontos.

Os setores financeiro e de matérias-primas registraram as quedas mais agudas da sessão. Os papéis do JPMorgan Chase caíram 7,08%, enquanto os do Bank of America recuaram 5,67%. A Alcoa também fechou em baixa, de 5,38%. O Morgan Stanley caiu 9,01% depois de anunciar que possui uma exposição líquida de US$ 1,79 bilhão a dívidas soberanas, corporativas e de bancos da Itália.

"Hoje é um daqueles dias de choque de realidade. A Itália é grande demais para falir e para ser resgatada e não é a única", disse Scott Redler, executivo-chefe de estratégia do T3 Trading Group. "A realidade está surgindo e os mercados estão tentando ignorá-la, mas o volume de notícias e a natureza sistêmica disso estão deixando as coisas piores."

Entre outros destaques da sessão, a General Motors caiu 10,90% depois de fazer previsões pessimistas citando a deterioração das condições da economia. A Adobe Systems perdeu 7,69% depois de a companhia anunciar que demitirá 750 funcionários e divulgar uma estimativa de receita menor do que a esperada.

A Ralph Lauren fechou em baixa de 5,73% depois de divulgar resultados que ficaram aquém do esperado. A Macy's perdeu 5,32% mesmo depois de divulgar crescimento no lucro do terceiro trimestre, pressionada pelo fato de a margem de lucro ter encolhido mais do que o previsto.

A Cisco Systems, que fechou em baixa de 3,82%, subia 1,19% no after hours depois de divulgar que seu lucro do primeiro trimestre fiscal encolheu 7,9% em relação a igual período do ano anterior. As informações são da Dow Jones.

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam em queda acentuada, pressionados por receios com a possibilidade de a Itália ser o próximo país tragado pela crise das dívidas soberanas da zona do euro, principalmente depois de o juro cobrado pelos investidores para conceder empréstimos ao governo italiano ter atingido o maior nível desde que o país ingressou no bloco monetário.

Hoje, o juro projetado pelos títulos soberanos da Itália no mercado secundário superou 7% (mesmo nível registrado pelos bônus da Grécia, da Irlanda e de Portugal antes de esses países precisarem ser resgatados. O aumento no juro ocorreu depois de a câmara de compensação LCH.Clearnet ter elevado a margem exigida para operar títulos do governo italiano.

"A Itália deu o pontapé (para a queda), mas a sequência disso será a dúvida sobre se a zona do euro vai se sustentar", disse Rick Bensignor, estrategista-chefe de mercado da Merlin Securities. "Você pode mudar os políticos, como vimos com Papandreou e Berlusconi, mas se alguém efetivamente sair do bloco, será algo diferente. Seria modificado tudo o que está em vigor desde 1999", acrescentou.

A aversão ao risco fez os preços dos Treasuries subirem, com respectivo movimento inverso dos juros. No final da tarde em Nova York, o juro projetado pelos T-bonds de 30 anos estava em 3,023%, de 3,139% na terça-feira; o juro das T-notes de 10 anos estava em 1,964%, de 2,080%; o juro das T-notes de 2 anos estava em 0,234%, de 0,246%.


Entre as ações, o índice Dow Jones caiu 389,24 pontos, ou 3,20%, para 11.780,94 pontos. O Nasdaq perdeu 105,84 pontos, ou 3,88%, para 2.621,65 pontos. O S&P 500 teve declínio de 46,82 pontos, ou 3,67%, para 1.229,10 pontos.

Os setores financeiro e de matérias-primas registraram as quedas mais agudas da sessão. Os papéis do JPMorgan Chase caíram 7,08%, enquanto os do Bank of America recuaram 5,67%. A Alcoa também fechou em baixa, de 5,38%. O Morgan Stanley caiu 9,01% depois de anunciar que possui uma exposição líquida de US$ 1,79 bilhão a dívidas soberanas, corporativas e de bancos da Itália.

"Hoje é um daqueles dias de choque de realidade. A Itália é grande demais para falir e para ser resgatada e não é a única", disse Scott Redler, executivo-chefe de estratégia do T3 Trading Group. "A realidade está surgindo e os mercados estão tentando ignorá-la, mas o volume de notícias e a natureza sistêmica disso estão deixando as coisas piores."

Entre outros destaques da sessão, a General Motors caiu 10,90% depois de fazer previsões pessimistas citando a deterioração das condições da economia. A Adobe Systems perdeu 7,69% depois de a companhia anunciar que demitirá 750 funcionários e divulgar uma estimativa de receita menor do que a esperada.

A Ralph Lauren fechou em baixa de 5,73% depois de divulgar resultados que ficaram aquém do esperado. A Macy's perdeu 5,32% mesmo depois de divulgar crescimento no lucro do terceiro trimestre, pressionada pelo fato de a margem de lucro ter encolhido mais do que o previsto.

A Cisco Systems, que fechou em baixa de 3,82%, subia 1,19% no after hours depois de divulgar que seu lucro do primeiro trimestre fiscal encolheu 7,9% em relação a igual período do ano anterior. As informações são da Dow Jones.

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