Melhora da capitalização dá folga à Caixa, diz Fitch
Conversão deve ocorrer antes do final de junho de 2014, e aumentará títulos CP, enquadrados ao Basileia III, de R$ 8 bilhões para R$ 35 bilhões, afirmou agência
Da Redação
Publicado em 21 de maio de 2014 às 18h28.
São Paulo - A conversão de títulos de Capital Complementar (CC) para títulos de Capital Principal (CP) que será feita pela Caixa Econômica Federal deve aumentar significativamente a folga de capital do banco, avalia a Fitch em relatório divulgado nesta quarta-feira, 21.
A conversão deve ocorrer antes do final de junho de 2014, e aumentará os títulos CP, enquadrados ao Basileia III, de R$ 8 bilhões para R$ 35 bilhões, afirmou a agência em relatório.
A Fitch acredita que a melhora na posição de capital da Caixa diminuirá substancialmente a probabilidade de o banco precisar de suporte do controlador a curto prazo, em função de potenciais problemas de qualidade de ativos.
"A agência espera que a qualidade de ativos enfraqueça ligeiramente com o tempo, à medida que a expansão do crédito desacelere, embora acredite que o banco conseguirá superar o aumento nos custos de crédito com sua base de capital mais forte", acrescentou a agência de classificação de risco de crédito.
Na visão da Fitch, o aumento da capitalização também é positivo para atenuar o descasamento estrutural entre os vencimentos de ativos e passivos da carteira imobiliária da Caixa, embora haja espaço para melhora.
"A Caixa mantém esforços no sentido de solucionar este descasamento", afirmou.
A Fitch acredita que a probabilidade de suporte do governo à Caixa, em caso de necessidade, é alta, pois o banco é 100% controlado pelo Tesouro Nacional e importante para o sistema local, com participações de mercado elevadas no mercado imobiliário e depósitos de poupança (69% e 35%, respectivamente, em dezembro de 2013).
"A Caixa tem papel crucial nas políticas e é o principal veículo do governo para conceder crédito à população de baixa renda a taxas preferenciais."
Hoje, o banco estatal divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2014.
Segundo Márcio Percival, vice-presidente de Finanças e Controladoria da instituição, a Caixa está tranquila do ponto de vista de capital a despeito de o governo já ter sinalizado que não vai fazer novos aportes no banco.
Ao final de março, o índice de Basileia da instituição, que mede o quanto os bancos podem emprestar sem comprometer o seu capital, estava em 13,7%. O indicador ficou acima do mínimo exigido pelo Banco Central, de 11%.
Em relação às novas regras de capital, as chamadas Basileia III e que começaram a ser implementadas em outubro último no Brasil, o vice-presidente da Caixa disse que o banco está preparado para a transição.
De acordo com ele, em capital de nível 1, ou seja, de melhor qualidade, cujo mínimo é de 5,5%, o banco tem 11,3%.
São Paulo - A conversão de títulos de Capital Complementar (CC) para títulos de Capital Principal (CP) que será feita pela Caixa Econômica Federal deve aumentar significativamente a folga de capital do banco, avalia a Fitch em relatório divulgado nesta quarta-feira, 21.
A conversão deve ocorrer antes do final de junho de 2014, e aumentará os títulos CP, enquadrados ao Basileia III, de R$ 8 bilhões para R$ 35 bilhões, afirmou a agência em relatório.
A Fitch acredita que a melhora na posição de capital da Caixa diminuirá substancialmente a probabilidade de o banco precisar de suporte do controlador a curto prazo, em função de potenciais problemas de qualidade de ativos.
"A agência espera que a qualidade de ativos enfraqueça ligeiramente com o tempo, à medida que a expansão do crédito desacelere, embora acredite que o banco conseguirá superar o aumento nos custos de crédito com sua base de capital mais forte", acrescentou a agência de classificação de risco de crédito.
Na visão da Fitch, o aumento da capitalização também é positivo para atenuar o descasamento estrutural entre os vencimentos de ativos e passivos da carteira imobiliária da Caixa, embora haja espaço para melhora.
"A Caixa mantém esforços no sentido de solucionar este descasamento", afirmou.
A Fitch acredita que a probabilidade de suporte do governo à Caixa, em caso de necessidade, é alta, pois o banco é 100% controlado pelo Tesouro Nacional e importante para o sistema local, com participações de mercado elevadas no mercado imobiliário e depósitos de poupança (69% e 35%, respectivamente, em dezembro de 2013).
"A Caixa tem papel crucial nas políticas e é o principal veículo do governo para conceder crédito à população de baixa renda a taxas preferenciais."
Hoje, o banco estatal divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2014.
Segundo Márcio Percival, vice-presidente de Finanças e Controladoria da instituição, a Caixa está tranquila do ponto de vista de capital a despeito de o governo já ter sinalizado que não vai fazer novos aportes no banco.
Ao final de março, o índice de Basileia da instituição, que mede o quanto os bancos podem emprestar sem comprometer o seu capital, estava em 13,7%. O indicador ficou acima do mínimo exigido pelo Banco Central, de 11%.
Em relação às novas regras de capital, as chamadas Basileia III e que começaram a ser implementadas em outubro último no Brasil, o vice-presidente da Caixa disse que o banco está preparado para a transição.
De acordo com ele, em capital de nível 1, ou seja, de melhor qualidade, cujo mínimo é de 5,5%, o banco tem 11,3%.