Melhor manter distância da Usiminas com ou sem CSN, dizem analistas
Margens da companhia não animam e não devem melhorar em 2011, mesmo com entrada maior da CSN, dizem Barclays e Santander
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2011 às 17h00.
São Paulo - Quando o assunto é investir na Usiminas (USIM5), o melhor a fazer é apostar na cautela. A avaliação do mercado diante das ações da siderúrgica se anuncia em meio a números negativos e um clima de pessimismo quanto à saúde dos balanços da companhia.
A combinação de estoques abaixo do estimado, baixo volume de vendas, declínio de preços e aumento de custos é alarmante, alerta o Santander. Para os analistas Felipe Reis, Alex Sciacio e Victoria Santaella, as margens da companhia só estão no começo dos problemas. “Acreditamos que os resultados ainda têm espaço para se deteriorar antes que uma recuperação se inicie”, afirmam.
O Santander reiterou a recomendação underperform (performance abaixo da média do mercado) para os papéis e diminuiu o preço-alvo das ações da companhia de 22,50 para 21 reais. Segundo estimativas da equipe de análise, a companhia deve apresentar um Ebitda de em torno de 400 milhões em ambos o ultimo trimestre de 2010 e primeiro de 2011 e margem Ebtida de aproximadamente 14% ambos os trimestres, versus uma margem de 22,7% no terceiro trimestre de 2010.
Na tarde desta quinta-feira, os papéis da Usiminas subirarm após o anúncio de que a CSN (CSNA3) elevou sua fatia de participação na empresa. A CSN adquiriu novas ações ordinárias da Usiminas, elevando sua participação direta e indireta de 4,99% para 5,03%.
No entanto, numa avaliação mais detida, não é difícil perceber que as sinergias do negócio são reduzidas, diz análise da Barclays Capital. “Acreditamos que a recuperação será lenta em 2011 e as margens da companhia serão pressionadas tanto no fim de 2010 quanto no começo de 2011“, reitera o analista Leonardo Correia. Para o Barclays, a iniciativa é levemente negativa. “Nós teríamos preferido diferentes destinos para os investimentos, e de capital menos concentrado”, afirma o banco.
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