M. Dias Branco adia emissão de R$600 mi em CRA
Sede da empresa foi alvo de busca e apreensão na terça-feira pela Polícia Federal, em cumprimento de determinação do ministro Edson Fachin
Reuters
Publicado em 12 de abril de 2018 às 09h54.
Última atualização em 12 de abril de 2018 às 16h44.
São Paulo - A fabricante de alimentos M. Dias Branco decidiu postergar o processo de bookbuilding da emissão de certificados de recebíveis do agronegócio (CRA) da Ápice Securitizadora, marcado para esta quinta-feira, depois de ter sido objeto de busca e apreensão nesta semana em operação da Polícia Federal.
"A postergação do cronograma serve para que a companhia seja capaz de prestar todos os esclarecimentos necessários aos potenciais investidores", disse a empresa em comunicado ao mercado, acrescentando que continua trabalhando com o banco Itaú BBA, coordenador da oferta.
A sede da empresa foi alvo de busca e apreensão na terça-feira pela Polícia Federal, em cumprimento de determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF),dentro de um inquérito que investiga o presidente do Senado, Eunício Oliveira, batizado de Tira-Teima. A empresa afirma que está colaborando com as autoridades para esclarecer os fatos investigados pela PF.
A M. Dias Branco planeja emitir certificados de recebíveis do agronegócio da Ápice Securitizadora, lastreados por suas debêntures, no valor inicial de 600 milhões de reais.
Empresa disse que, tão logo seja definida a nova data para realização do bookbuilding, disponibilizará uma versão atualizada do cronograma indicativo da oferta e "e eventuais outras modificações que forem pertinentes, bem como será oferecido prazo para manifestação de desistência da oferta pelos investidores que tenham realizado pedido de reserva".