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Lupo tem lucro 26% menor no 3º tri, de R$ 51 milhões

Receita no período cresceu 7,9%, para R$ 400,4 milhões

Lupo: tendências que misturam esporte e visual do dia a dia influenciam ganhos da companhia com linha Sport (Leandro Fonseca/Exame)
KS

Karina Souza

Publicado em 14 de novembro de 2022 às 09h28.

A Lupo teve um lucro líquido ajustado de R$ 51 milhões no terceiro trimestre deste ano, cifra 26% menor do que a registrada no mesmo período de 2021. No período, a receita líquida da companhia foi de R$ 400,4 milhões, 7,9% maior do que a registrada no terceiro trimestre de 2021. O crescimento vem principalmente da expansão de Lupo Sport, um resultado que segue os planos de Liliana Aufiero, presidente da Lupo, para a divisão. Nos três meses encerrados em setembro, a vertical faturou R$ 69,8 milhões, aumento de 71,9% na comparação anual. A principal linha de receita, a de produtos Lupo, se manteve estável, em R$ 253,3 milhões.

Diante do boom de vendas de máscaras na pandemia, a empresa também apresenta ao mercado os resultados consolidados sem considerar esses produtos na conta. Em um contexto de vacinação avançada e de volta à vida presencial, dá para ver que a influência dessa categoria de produtos é pequena em relação ao quadro geral de faturamento, totalizando R$ 600 mil.

O varejo multimarcas segue sendo o principal canal de distribuição da empresa, responsável por mais da metade do faturamento no período. O canal teve um crescimento de 15% na comparação anual, totalizando R$ 248 milhões, impulsionado pela inclusão de mais de 1,5 mil pontos de venda no período. Em relação às franquias, mesmo inaugurando 18 delas no período, a receita a partir desse canal se manteve estável em relação ao mesmo período do ano anterior.

Com o efeito de aumento de vendas – e principalmente com mais produtos de maior valor agregado no portfólio – o lucro bruto da companhia aumentou 11,6% no período, chegando a R$ 139,4 milhões. A margem bruta teve sutil aumento, de 1,2 ponto percentual, totalizando 34,8%.

Bom notar que os números ainda podem crescer em breve, a partir da maturidade da nova operação de confecção em Pacatuba (Ceará). “As sinergias vêm sendo realizadas e os impactos dos aumentos serão diluídos quando atingirmos a capacidade produtiva plena”, diz o comunicado. Hoje, a capacidade da fábrica já está em dois terços do total. A disciplina com os custos fica clara nas despesas gerais e administrativas, que permaneceram em linha com as registradas no terceiro trimestre de 2021, mesmo com o aumento de pessoal.

O Ebitda ajustado por reversão de custos e despesas referentes à fase pré-operacional da nova fábrica foi de R$ 80,6 milhões, um aumento de 6% em relação ao registrado em 2021 -- em linha, portanto, com os ganhos de receita. A margem, entretanto, caiu 0,4 ponto percentual, fechando o período em 20,1%.

A empresa encerrou o trimestre com caixa líquido de R$ 64,9 milhões, cifra 53% menor do que a registrada no mesmo período do ano passado. A redução está ligada principalmente aos investimentos realizados para a nova unidade produtiva, bem como os investimentos em máquinas e equipamentos para expandir a produção das linhas sem costura e de meias. Mesmo com a estrutura de capital atual, a empresa fez um empréstimo de exportação de US$ 8,7 milhões, com vencimento em 2029 e a um custo de 70% do CDI, de olho em reforçar o capital de giro para atender às demandas da nova unidade de produção.

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