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Luis Stuhlberger aposta alto nas ações brasileiras de olho em retomada

O fundo reduziu sua exposição a ações no exterior nos últimos meses e está com uma alocação em bolsa Brasil superior a 25%, um dos maiores níveis desde 2013

O fundo Verde, que tem retorno acumulado de mais de 19.000% desde sua criação em 1997| Patricia Monteiro/Bloomberg (Patricia Monteiro/Bloomberg)
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Bloomberg

Publicado em 21 de maio de 2021 às 14h07.

O fundo Verde , que tem retorno acumulado de mais de 19.000% desde sua criação em 1997, está otimista com o mercado acionário brasileiro.

O fundo reduziu sua exposição a ações no exterior nos últimos meses e está com uma alocação em bolsa Brasil superior a 25%, um dos maiores níveis desde 2013, de acordo com Pedro Sales, sócio e gestor da estratégia de ações Brasil da Verde Asset Management. Embora afirme que os riscos relacionados à pandemia ainda não saíram do radar, ele vê a recuperação da economia ganhando força nos próximos meses.

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“O processo de vacinação ainda está em velocidade aquém do que gostaríamos, mas tem evoluído”, disse Sales, que tem pouco mais de R$ 10 bilhões sob gestão, em entrevista. “À medida que o distanciamento social sair da frente, haverá uma retomada da economia muito forte.”O Brasil já administrou mais de 60 milhões de doses da vacina, mas apenas cerca de 9% da população está plenamente vacinada com duas doses, de acordo com dados da Bloomberg.

Dados recentes sinalizaram um impacto menor das medidas restritivas sobre a atividade no início do ano, levando uma série de bancos -- como UBS e Credit Suisse -- a revisarem suas projeções para o crescimento da economia neste ano.

O processo de volta à normalidade, contudo, “não necessariamente vai ser em linha reta”, segundo Sales, o que ainda pode trazer sustos. Para ele, uma possível terceira onda seria o principal risco para o mercado local no curto prazo.

No momento, as principais posições da carteira da Verde são Equatorial, Natura &Co, BR Distribuidora, as operadoras de saúde verticalizadas Intermédica e Hapvida, Suzano e Klabin. A gestora, criada por Luis Stuhlberger, montou recentemente uma posição em Lojas Renner, varejista que levantou R$ 4 bilhões em uma oferta subsequente no mês passado.

“A oferta foi uma oportunidade de fazer um investimento em uma empresa muito boa, com um nível de preço muito interessante, e ainda tendo a opcionalidade desse dinheiro ser utilizado para alguma aquisição muito positiva”, disse Sales. “Comprei Renner mais barato do que se não tivesse essa opcionalidade, tendo essa opcionalidade.”

Outro investimento novo foi GetNinjas, um marketplace de serviços que abriu o capital neste mês e teve a Verde como um dos âncoras de seu IPO. A empresa, que conecta profissionais como pintores e psicólogos a potenciais clientes, atua em um segmento ainda não tão explorado e pode ter uma outra pernada de crescimento adiante, diz Sales.

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