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Juros têm forte queda sob influência de títulos dos EUA

Num pregão de agenda relativamente vazia, a queda dos yields dos Treasuries voltou a determinar o comportamento dos juros mais longos, afirmou um operador

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2015 indicava mínima de 10,49% (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2013 às 16h21.

São Paulo - A queda firme dos juros dos Treasuries, os títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos, assegurou novo dia de recuo para as taxas futuras domésticas, sobretudo nos vencimentos de longo prazo.

Nesta quarta-feira, 23, o yield do T-note de 10 anos cedeu abaixo de 2,5%, o que não acontecia desde julho, diante da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) não reduzirá os estímulos à economia do país no curto prazo. O discurso firme do presidente do Banco Central (BC) do Brasil, Alexandre Tombini, a investidores em Cingapura, também contribuiu para a desinclinação da curva de juros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2015 (360.860 contratos) indicava mínima de 10,49%, de 10,53% no ajuste anterior.

Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (251.090 contratos) apontava 11,31%, ante 11,45% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (8.300 contratos) estava na mínima de 11,69%, ante 11,88% no ajuste desta terça-feira, 22,. O juro para janeiro de 2023 (11.700 contratos) marcava 11,81%, também na mínima, de 11,99% no ajuste anterior.

Num pregão de agenda relativamente vazia, a queda dos yields dos Treasuries voltou a determinar o comportamento dos juros mais longos, afirmou um operador. De acordo com esse operador, por outro lado, o avanço do dólar ante o real conseguiu inibir o recuo das taxas intermediárias.

"Depois do dado do mercado de trabalho anunciado ontem, ficou pouco provável que o Fed mude sua política de estímulos antes da mudança de comando na instituição", afirmou. Os juros dos Treasuries continuaram a reagir nesta terça-feira e a taxa do T-note de 10 anos marcava 2,477% às 16h35, de 2,516% no fim da tarde desta terça.

Entre indicadores econômicos domésticos, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor-Semanal (IPC-S) ficou em 0,49% na terceira quadrissemana de outubro, ante 0,45% na leitura anterior e em linha com o esperado pelo mercado. Já a confiança do consumidor caiu 2,2% em outubro, após alta de 1% em setembro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Em Cingapura, Tombini fez comentários tanto sobre a política monetária quanto sobre a atividade. No primeiro caso, ele reafirmou que a política monetária deve se manter "especialmente vigilante". Conforme Tombini, as ações desempenhadas pelo governo nos últimos meses criam condições para a expansão dos investimentos no Brasil e, consequentemente, do Produto Interno Bruto (PIB) potencial nos próximos anos.

O presidente do BC destacou ainda que o programa de leilões de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra, que completa nesta quarta-feira dois meses, tem sido "bem-sucedido". Nesta quarta, o BC vendeu 10 mil contratos de swap dentro do programa, além de rolar outros 20 mil que vencem em 1º de novembro. Ainda assim, o dólar à vista no balcão subiu 0,69%, para a máxima de R$ 2,1890.

Hoje, o Tesouro Nacional voltou a acessar o mercado externo, o que pode facilitar captações internacionais por parte de empresas brasileiras, incluindo Petrobras e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Caso isso se confirme, um possível fluxo de entrada de recursos no País tenderia a aliviar as pressões sobre o dólar.

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São Paulo - A queda firme dos juros dos Treasuries, os títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos, assegurou novo dia de recuo para as taxas futuras domésticas, sobretudo nos vencimentos de longo prazo.

Nesta quarta-feira, 23, o yield do T-note de 10 anos cedeu abaixo de 2,5%, o que não acontecia desde julho, diante da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) não reduzirá os estímulos à economia do país no curto prazo. O discurso firme do presidente do Banco Central (BC) do Brasil, Alexandre Tombini, a investidores em Cingapura, também contribuiu para a desinclinação da curva de juros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2015 (360.860 contratos) indicava mínima de 10,49%, de 10,53% no ajuste anterior.

Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (251.090 contratos) apontava 11,31%, ante 11,45% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (8.300 contratos) estava na mínima de 11,69%, ante 11,88% no ajuste desta terça-feira, 22,. O juro para janeiro de 2023 (11.700 contratos) marcava 11,81%, também na mínima, de 11,99% no ajuste anterior.

Num pregão de agenda relativamente vazia, a queda dos yields dos Treasuries voltou a determinar o comportamento dos juros mais longos, afirmou um operador. De acordo com esse operador, por outro lado, o avanço do dólar ante o real conseguiu inibir o recuo das taxas intermediárias.

"Depois do dado do mercado de trabalho anunciado ontem, ficou pouco provável que o Fed mude sua política de estímulos antes da mudança de comando na instituição", afirmou. Os juros dos Treasuries continuaram a reagir nesta terça-feira e a taxa do T-note de 10 anos marcava 2,477% às 16h35, de 2,516% no fim da tarde desta terça.

Entre indicadores econômicos domésticos, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor-Semanal (IPC-S) ficou em 0,49% na terceira quadrissemana de outubro, ante 0,45% na leitura anterior e em linha com o esperado pelo mercado. Já a confiança do consumidor caiu 2,2% em outubro, após alta de 1% em setembro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Em Cingapura, Tombini fez comentários tanto sobre a política monetária quanto sobre a atividade. No primeiro caso, ele reafirmou que a política monetária deve se manter "especialmente vigilante". Conforme Tombini, as ações desempenhadas pelo governo nos últimos meses criam condições para a expansão dos investimentos no Brasil e, consequentemente, do Produto Interno Bruto (PIB) potencial nos próximos anos.

O presidente do BC destacou ainda que o programa de leilões de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra, que completa nesta quarta-feira dois meses, tem sido "bem-sucedido". Nesta quarta, o BC vendeu 10 mil contratos de swap dentro do programa, além de rolar outros 20 mil que vencem em 1º de novembro. Ainda assim, o dólar à vista no balcão subiu 0,69%, para a máxima de R$ 2,1890.

Hoje, o Tesouro Nacional voltou a acessar o mercado externo, o que pode facilitar captações internacionais por parte de empresas brasileiras, incluindo Petrobras e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Caso isso se confirme, um possível fluxo de entrada de recursos no País tenderia a aliviar as pressões sobre o dólar.

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