Mercados

Juros monitoram notícias e ficam perto da estabilidade

O DI de janeiro de 2017, o mais negociado, terminou o dia apontando taxa de 15,52%, a mesma do ajuste anterior.


	Mercado financeiro: os investidores monitoraram uma série de informações divulgadas ao longo do dia, mas nenhuma delas teve força para alterar a curva de juros
 (Jin Lee/Bloomberg)

Mercado financeiro: os investidores monitoraram uma série de informações divulgadas ao longo do dia, mas nenhuma delas teve força para alterar a curva de juros (Jin Lee/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2015 às 16h54.

São Paulo - As taxas de juros negociadas no mercado futuro oscilaram em pequenos intervalos durante toda esta terça-feira, 17, em meio a um ambiente de liquidez expressivamente reduzida.

Os investidores monitoraram uma série de informações divulgadas ao longo do dia, mas nenhuma delas teve força para alterar a curva de juros, que ficou próxima dos ajustes do dia anterior.

Nos negócios da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2016 fechou com taxa de 14,19%, ante 14,21% do ajuste da segunda-feira.

O DI de janeiro de 2017, o mais negociado, terminou o dia apontando taxa de 15,52%, a mesma do ajuste anterior.

O vencimento de janeiro de 2019 fechou em 15,76%, de 15,77%. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI com vencimento em janeiro de 2021 teve taxa de 15,59%, ante 15,57%.

Entre os poucos destaques da tarde esteve a divulgação dos dados da arrecadação fiscal em outubro.

No mês passado, foram arrecadados R$ 103,5 bilhões, valor que ficou dentro do intervalo de estimativas do mercado (entre R$ 100,1 bilhões e R$ 111 bilhões), mas ligeiramente abaixo da mediana, que era de R$ 106 bilhões. O dado foi também o menor para um mês de outubro desde 2009.

Após a divulgação dos números de arrecadação da Receita Federal, as taxas reduziram a tendência de baixa com que vinham oscilando - em sintonia com o dólar - e se aproximaram dos ajustes.

Devido ao baixíssimo volume de negócios, no entanto, os operadores não relacionam o movimento a uma reação aos dados divulgado pela Receita.

No início do dia, as atenções se voltaram à divulgação de indicadores locais e internacionais.

Entre os destaques esteve o IGP-10 de novembro, que subiu 1,64%, ficando abaixo do 1,88% de outubro e dentro do intervalo de estimativas (1,25% a 1,81%).

Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,2% em outubro ante setembro, em linha com a previsão dos analistas.

No cenário político, chamou a atenção a fala do vice-presidente Michel Temer, que afirmou que o PMDB não vai sair da base de apoio da presidente Dilma Rousseff.

Questionado quando a sigla desembarcaria do governo, como tem defendido uma ala da legenda, ele afirmou apenas: "Não vai sair".

No final dos negócios, crescia a expectativa pela apreciação, na Comissão Mista do Orçamento (CMO), do projeto de lei que prevê mudança da meta fiscal.

A mudança é de um superávit primário de 1,13% do Produto Interno Bruto (PIB) para um déficit que pode superar os 2% do PIB.

Outra pauta do dia é a votação dos vetos presidenciais a medidas de impacto fiscal em sessão do Congresso, a partir das 19 horas.

Às 16h47, o dólar à vista tinha alta de 0,03%, cotado a R$ 3,817. Já o Índice Bovespa subia 1,05%, aos 47.337,67 pontos.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresJurosMercado financeiro

Mais de Mercados

Executivos do mercado financeiro investem em educação e transforam a vida de jovens de baixa renda

Dólar sobe para R$ 6,19 com indefinição sobre emendas parlamentares

Megafusão de Honda e Nissan: um 'casamento' de conveniência sob intensa pressão

Ibovespa fecha penúltimo pregão em baixa e cai 1,5% na semana; dólar sobe 2%