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Juros futuros fecham em alta com força do emprego formal

São Paulo - Os números vigorosos do emprego formal (Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) em março e do primeiro trimestre do ano revelaram mais uma face do pulso da demanda doméstica e não deu outra: os juros futuros mantiveram-se em alta na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). E, pelo lado da […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - Os números vigorosos do emprego formal (Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) em março e do primeiro trimestre do ano revelaram mais uma face do pulso da demanda doméstica e não deu outra: os juros futuros mantiveram-se em alta na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). E, pelo lado da inflação, o IGP-10 de abril não desacelerou a contento.

Ao término da negociação normal da BM&F, o contrato futuro de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em junho de 2010 - um dos que melhor reflete as apostas para a decisão do Comitê de Política Monetária sobre a taxa Selic no final deste mês - projetava taxa de 9,105% ao ano, de 9,09% no ajuste de ontem, com 273.325 contratos negociados; o DI de julho de 2010 (426.010 contratos negociados) estava em 9,39% ao ano, de 9,37% ontem; e o DI com vencimento em janeiro de 2011 (421.000 contratos negociados), na máxima, avançava a 10,71% ao ano, de 10,66% no ajuste anterior.

Nos vencimentos longos, o DI de janeiro de 2012 (243.390 contratos negociados) avançava a 11,97% ao ano (máxima), de 11,89% ontem; e o DI de janeiro de 2014 (14.050 contratos negociados), também na máxima, marcava 12,61% ao ano, de 12,43% ontem.

O Ministério do Trabalho informou que o saldo líquido de empregos criados com carteira assinada no País, em março, foi de 266.415 - recorde para o mês, ultrapassando a marca anterior de 2008 (206.556 vagas). No acumulado do primeiro trimestre de 2010, foram gerados 657.259 postos de trabalho no País. Esse resultado, segundo o Caged, também é o melhor desempenho da série histórica para o período.
 

O resultado acentuou o desconforto do mercado com o risco de crescimento da inflação da demanda, corroborando a expectativa crescente de que o Copom terá de ser mais firme nas primeiras decisões de aperto monetário a partir deste mês, elevando a taxa Selic em 0,75 ponto porcentual, para 9,5% ao ano.

A redução de posições vendidas em juros teve suporte ainda do dado do IGP-10 de abril bastante acima da mediana das estimativas. O indicador fechou em 0,63% este mês, após avançar 1,10% em março. Na pesquisa AE Projeções, da Agência Estado, as expectativas iam de 0,45% a 0,96%, com mediana de 0,52%.

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