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Juros futuros abrem em leve baixa à espera do Copom

A expectativa é pela manutenção do ritmo de alta da Selic em 0,50 ponto porcentual, o que levará a taxa básica para 8,50% ao ano


	Às 9h17, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 era negociado a 8,77%, de 8,78% no ajuste de segunda-feira, enquanto a taxa para janeiro de 2015 recuava para 9,54%, de 9,59% na véspera
 (REUTERS/Nacho Doce)

Às 9h17, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 era negociado a 8,77%, de 8,78% no ajuste de segunda-feira, enquanto a taxa para janeiro de 2015 recuava para 9,54%, de 9,59% na véspera (REUTERS/Nacho Doce)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2013 às 10h06.

São Paulo - Os juros futuros iniciaram a sessão desta quarta-feira, 10, em leve queda, à espera da decisão, no fim do dia, do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

A expectativa é pela manutenção do ritmo de alta da Selic em 0,50 ponto porcentual, o que levará a taxa básica para 8,50% ao ano. A liquidez, no entanto, permanece baixa, já que os investidores estão posicionados para esse resultado há pelo menos duas semanas.

Às 9h17, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 era negociado a 8,77%, de 8,78% no ajuste de segunda-feira, enquanto a taxa para janeiro de 2015 recuava para 9,54%, de 9,59% na véspera.

Apenas uma surpresa muito grande levaria o BC a contrariar as projeções. Levando-se em conta que as expectativas estão bastante desancoradas, é improvável que o Comitê de Política Monetária (Copom) decida mudar a tática de combate à alta dos preços neste momento.

As taxas do DI futuro, portanto, devem permanecem de lado, pelo menos na ponta curta, com pouca movimentação e baixa liquidez. Mesmo fechado na terça-feira por causa do feriado no Estado de São Paulo, o pregão tem pouco ajuste a fazer para se atualizar com a movimentação de ontem no mercado internacional, também fraco pela expectativa da ata Fomc e pronunciamento do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, no fim da tarde desta quarta-feira.

Já o caminho que será seguido pela autoridade monetária brasileira nas próximas decisões continua incerta, bastante dependente do desenvolvimento da economia não só por aqui, quanto na cena externa. E o comunicado que acompanha a decisão poderá fornecer indicações importantes.


Por ora, os investidores e economistas apostam que o ciclo de aperto monetário levará a Selic para um nível acima de 9%, apesar de a maioria acreditar que a taxa básica se manterá no patamar de um dígito.

Os dados correntes da inflação, aos quais o BC atribuiu grande peso para a piora da expectativa dos agentes no passado recente, vêm apresentando números cada vez melhores. A leitura diária feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), por exemplo, apontou nova deflação para o IPCA dos últimos sete dias (-0,20%), puxada pelo forte recuo dos preços dos alimentos (-0,62%) nas últimas semanas.

Vale destacar, no entanto, que o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) de junho, da FGV, que mede a inflação para população de baixa renda, alvo eleitoral do atual governo, subiu 0,33%, de 0,18% em maio. O índice acumula alta de 6,43% nos últimos 12 meses.

As projeções para a inflação do próximo ano, que é o foco de atuação do BC neste ciclo de alta de juros, também continua piorando. Até por isso, os agentes apostam que novas altas de Selic estão no horizonte do Copom. Resta saber quanto.

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