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Juros encerram a semana perto da estabilidade

As preocupações com a economia da China e com a possibilidade de retirada de estímulos à economia dos EUA voltaram a pressionar o dólar

A valorização do dólar no mercado doméstico ocorreu a despeito de mais uma medida, anunciada na noite de quinta-feira, 11, pelo BC, para tentar conter o ímpeto de alta da moeda (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2013 às 17h07.

São Paulo - O fraco resultado do indicador do Banco Central, que é considerado uma prévia do PIB, o IBC-Br, foi contrabalançado pelo avanço do dólar em âmbito global, incluindo o real e, assim, as taxas futuras de juros voltaram a fechar perto dos ajustes anteriores, inclusive com viés de alta nos vencimentos mais curtos nesta sexta-feira, 12.

As preocupações com a economia da China e com a possibilidade de retirada de estímulos à economia dos EUA voltaram a pressionar o dólar. Hoje, o presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Charles Plosser, disse esperar o fim das compras de bônus para este ano.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para outubro de 2013 (56.635 contratos) estava em 8,43%, igual ao ajuste anterior. O DI para janeiro de 2014 (82.600 contratos) marcava 8,80%, ante 8,79% ontem. O vencimento para janeiro de 2015 (211.455 contratos) indicava taxa de 9,62%, ante 9,59% na véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 (126.765 contratos) apontava 10,83%, de 10,86% ontem. O DI para janeiro de 2021 (6.895 contratos) estava na máxima de 11,23%, de 11,26% no ajuste anterior.

Os juros até começaram o dia em queda, diante do resultado do indicador do BC, mas voltaram para os ajustes na medida em que o dólar passava a subir. O resultado do IBC-Br de maio ante abril (-1,40%) ficou abaixo da mediana das estimativas do mercado financeiro, de -1,00%. Na comparação entres os meses de maio de 2013 e de 2012, houve expansão de 2,28% na série sem ajustes sazonais. O indicador em base anual também ficou abaixo da mediana, de 2,80%.

Em meio a isso, o dólar em alta seguiu trazendo preocupações em relação aos seus efeitos sobre os preços. Hoje, o ministro de finanças chinês, Lou Jiwei, disse que o país trabalha para atingir sua meta de crescimento de 7,5% este ano, mas que não haverá problema se o resultado ficar abaixo disso, entre 6,50% e 7%. Isso fez o dólar subir ante boa parte das demais moedas. No Brasil, a divisa avançou 0,40%, cotada a R$ 2,2670.

A valorização do dólar no mercado doméstico ocorreu a despeito de mais uma medida, anunciada na noite de quinta-feira, 11, pelo BC, para tentar conter o ímpeto de alta da moeda. O BC alterou o requerimento de capital para exposição dos bancos à variação cambial para facilitar a captação de recursos em subsidiárias de instituições financeiras no exterior e também a transferência do dinheiro à matriz no Brasil.

A pressão sobre o dólar, bem como certa aversão ao risco, ganhou fôlego depois que Plosser, do Fed, afirmou que chegou a hora de reduzir as compras de bônus, de US$ 85 bilhões mensais, e que ele tem esperança de que as compras de bônus sejam encerradas neste ano. Segundo ele, é preciso encerrar a compra de ativos antes de a taxa de desemprego atingir 6,50%. Isso fez com que os juros dos Treasuries também passassem a subir, diminuindo o sinal de baixa das taxas domésticas de longo prazo.

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As preocupações com a economia da China e com a possibilidade de retirada de estímulos à economia dos EUA voltaram a pressionar o dólar. Hoje, o presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Charles Plosser, disse esperar o fim das compras de bônus para este ano.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para outubro de 2013 (56.635 contratos) estava em 8,43%, igual ao ajuste anterior. O DI para janeiro de 2014 (82.600 contratos) marcava 8,80%, ante 8,79% ontem. O vencimento para janeiro de 2015 (211.455 contratos) indicava taxa de 9,62%, ante 9,59% na véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 (126.765 contratos) apontava 10,83%, de 10,86% ontem. O DI para janeiro de 2021 (6.895 contratos) estava na máxima de 11,23%, de 11,26% no ajuste anterior.

Os juros até começaram o dia em queda, diante do resultado do indicador do BC, mas voltaram para os ajustes na medida em que o dólar passava a subir. O resultado do IBC-Br de maio ante abril (-1,40%) ficou abaixo da mediana das estimativas do mercado financeiro, de -1,00%. Na comparação entres os meses de maio de 2013 e de 2012, houve expansão de 2,28% na série sem ajustes sazonais. O indicador em base anual também ficou abaixo da mediana, de 2,80%.

Em meio a isso, o dólar em alta seguiu trazendo preocupações em relação aos seus efeitos sobre os preços. Hoje, o ministro de finanças chinês, Lou Jiwei, disse que o país trabalha para atingir sua meta de crescimento de 7,5% este ano, mas que não haverá problema se o resultado ficar abaixo disso, entre 6,50% e 7%. Isso fez o dólar subir ante boa parte das demais moedas. No Brasil, a divisa avançou 0,40%, cotada a R$ 2,2670.

A valorização do dólar no mercado doméstico ocorreu a despeito de mais uma medida, anunciada na noite de quinta-feira, 11, pelo BC, para tentar conter o ímpeto de alta da moeda. O BC alterou o requerimento de capital para exposição dos bancos à variação cambial para facilitar a captação de recursos em subsidiárias de instituições financeiras no exterior e também a transferência do dinheiro à matriz no Brasil.

A pressão sobre o dólar, bem como certa aversão ao risco, ganhou fôlego depois que Plosser, do Fed, afirmou que chegou a hora de reduzir as compras de bônus, de US$ 85 bilhões mensais, e que ele tem esperança de que as compras de bônus sejam encerradas neste ano. Segundo ele, é preciso encerrar a compra de ativos antes de a taxa de desemprego atingir 6,50%. Isso fez com que os juros dos Treasuries também passassem a subir, diminuindo o sinal de baixa das taxas domésticas de longo prazo.

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