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JURO-DIs revertem posições mais agressiva e caem após medidas

Por Vanessa Stelzer SÃO PAULO, 3 de dezembro (Reuters) - As projeções de juros operavam em forte queda nesta sexta-feira, sobretudo nos contratos mais curtos, com o mercado recuando nas previsões mais agressivas de aumento da Selic já na semana que vem depois de o Banco Central anunciar medidas de aperto monetário. O governo elevou […]

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 09h17.

Por Vanessa Stelzer

SÃO PAULO, 3 de dezembro (Reuters) - As projeções de juros
operavam em forte queda nesta sexta-feira, sobretudo nos
contratos mais curtos, com o mercado recuando nas previsões
mais agressivas de aumento da Selic já na semana que vem depois
de o Banco Central anunciar medidas de aperto monetário.

O governo elevou o compulsório sobre depósitos à vista e a
prazo e tornou mais caro o crédito de longo prazo das pessoas
físicas [ID:nN03186281].

Às 10h10, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI)
janeiro de 2011 , referente à próxima reunião, recuava
para 10,697 por cento, contra 10,839 por cento no ajuste da
véspera.

O DI janeiro de 2012 projetava 12,11 por cento,
contra 12,24 por cento na quinta-feira. Contratos mais longos
operavam sem variação: o DI janeiro de 2013 estava em
12,36 por cento, igual ao ajuste da véspera.

"Os DIs estavam colocando muito peso (possibilidade) de
alta de juro na semana que vem, então agora eles estão
devolvendo os prêmios, porque depois das medidas de hoje é
inviável uma alta na semana que vem... Agora tem que se avaliar
os efeitos sobre crédito e isso não se faz uma semana", disse
Silvio Campos Neto, economista-chefe do Banco Schahin.

Segundo pesquisa da Reuters publicada na véspera, apenas
uma de 19 instituições financeiras previa alta da Selic na
próxima quarta-feira, sendo que as demais projetavam
estabilidade. Mas no mercado de DIs as apostas eram mais
agressivas, apontando forte probabilidade de aperto.

A sondagem mostrou ainda que muitos analistas previam uma
alta em janeiro. Depois das medidas, os analistas estarão
atentos a todos os dados econômicos, para ver se essa visão
mudará.

"Por enquanto mantenho (alta) em janeiro, mas as medidas de
hoje podem mudar, sim. Só que não se muda um cenário (para a
Selic) em meia hora. Temos que esperar para ver", acrescentou
Neto.

Segundo os analistas, as medidas podem tirar um pouco de
pressão sobre o próximo o governo para elevar juro, mas não
cravaram até quando e ressaltaram que uma elevação da Selic é
fato.

"As mudanças introduzidas hoje devem comprar algum tempo
para o BC antes de começar a elevar o juro. Depois de passarmos
pelos estágios de negação, raiva, barganha e depressão, parece
que estamos na fase de aceitação --sim, vamos precisar elevar
os jruos", afirmou Jankiel Santos, economista-chefe do Espírito
Santo Investment Bank.

A China também anunciou um aperto monetário nesta manhã,
dizendo que mudará sua política monetária de moderadamente
afrouxada para prudente. Segundo Xia Bin, um acadêmico assessor
do banco central, a mudança significa que o crescimento dos
empréstimos será menor no ano que vem [ID:nN03284567].

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