J.Dimon perde bilhões e o status de queridinho de Washington
O que o caso Baleia de Londres diz sobre a imagem arranhada do JPMorgan
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2013 às 15h29.
São Paulo - No terceiro trimestre, o JPMorgan surpreendeu ao apresentar um raro prejuízo de 380 milhões de dólares. Foi o primeiro sob o comando de Jamie Dimon e o único desde 2004. O diretor-presidente conseguiu escapar ileso da crise de 2008, mas agora vê os resultados sucumbirem diante de gastos bilionários com questões legais e regulamentares – e vem mais por aí. Resta saber como ele vai se sair desta vez.
A imprensa americana especula uma possível mudança de status de Dimon (e do JPMorgan) que poderia estar perdendo o posto de “queridinho de Washington”. Em outubro, em reunião entre o presidente norte-americano, Barack Obama, e os principais banqueiros do país, Dimon teria literalmente perdido seu lugar – ao invés da cadeira reservada em frente à Obama, seu nome estaria em um assento no canto, segundo o Wall Street Journal.
Qualquer que seja o motivo para a mudança de lugar, novas multas não vão ajudar a levar Dimon para o assento privilegiado. Há um mês, o Federal Reserve informou que o banco teria que pagar uma multa de 920 milhões de dólares devido à falta de controles adequados para supervisionar seu escritório de investimentos em Londres – sede da “baleia de Londres”, que levou a perdas de mais de 6 bilhões de dólares.
Nesta semana, o banco pode ter comprometido mais 13 bilhões de dólares. Fontes indicaram que o JPMorgan teria chegado a um acordo preliminar de 13 bilhões de dólares com o departamento de Justiça dos Estados Unidos para resolver inquéritos do negócio de ativos lastreados em hipotecas residenciais. Se finalizado, o acordo vai representar o maior acordo que o governo norte-americano selou com uma única empresa.
De acordo em acordo, a situação pode não ficar melhor para Dimon. Na coletiva de imprensa sobre os resultados trimestrais, a primeira pergunta foi se ocorreria alguma mudança na administração, em decorrência do resultado e a resposta de Dimon foi “não”, segundo a NBC.
A imprensa local lembrou que, em 2012, em meio a um escândalo envolvendo funcionários do Barclays e distorções na taxa Libor (referência de juro no mercado interbancário em Londres), o então CEO do banco, Bob Diamond, pediu demissão.
O ano de 2012 foi o de maior gastos do JPMorgan com lobby (atividade regulamentada e controlada nos EUA) em, pelo menos, uma década, segundo dados da Open Secrets. Foram 8 milhões de dólares. O setor de banco comerciais gastou mais de 60 milhões de dólares com a atividade no ano passado. Por enquanto, os gastos do banco com lobby em 2013 não chegam a 4 milhões de dólares.
São Paulo - No terceiro trimestre, o JPMorgan surpreendeu ao apresentar um raro prejuízo de 380 milhões de dólares. Foi o primeiro sob o comando de Jamie Dimon e o único desde 2004. O diretor-presidente conseguiu escapar ileso da crise de 2008, mas agora vê os resultados sucumbirem diante de gastos bilionários com questões legais e regulamentares – e vem mais por aí. Resta saber como ele vai se sair desta vez.
A imprensa americana especula uma possível mudança de status de Dimon (e do JPMorgan) que poderia estar perdendo o posto de “queridinho de Washington”. Em outubro, em reunião entre o presidente norte-americano, Barack Obama, e os principais banqueiros do país, Dimon teria literalmente perdido seu lugar – ao invés da cadeira reservada em frente à Obama, seu nome estaria em um assento no canto, segundo o Wall Street Journal.
Qualquer que seja o motivo para a mudança de lugar, novas multas não vão ajudar a levar Dimon para o assento privilegiado. Há um mês, o Federal Reserve informou que o banco teria que pagar uma multa de 920 milhões de dólares devido à falta de controles adequados para supervisionar seu escritório de investimentos em Londres – sede da “baleia de Londres”, que levou a perdas de mais de 6 bilhões de dólares.
Nesta semana, o banco pode ter comprometido mais 13 bilhões de dólares. Fontes indicaram que o JPMorgan teria chegado a um acordo preliminar de 13 bilhões de dólares com o departamento de Justiça dos Estados Unidos para resolver inquéritos do negócio de ativos lastreados em hipotecas residenciais. Se finalizado, o acordo vai representar o maior acordo que o governo norte-americano selou com uma única empresa.
De acordo em acordo, a situação pode não ficar melhor para Dimon. Na coletiva de imprensa sobre os resultados trimestrais, a primeira pergunta foi se ocorreria alguma mudança na administração, em decorrência do resultado e a resposta de Dimon foi “não”, segundo a NBC.
A imprensa local lembrou que, em 2012, em meio a um escândalo envolvendo funcionários do Barclays e distorções na taxa Libor (referência de juro no mercado interbancário em Londres), o então CEO do banco, Bob Diamond, pediu demissão.
O ano de 2012 foi o de maior gastos do JPMorgan com lobby (atividade regulamentada e controlada nos EUA) em, pelo menos, uma década, segundo dados da Open Secrets. Foram 8 milhões de dólares. O setor de banco comerciais gastou mais de 60 milhões de dólares com a atividade no ano passado. Por enquanto, os gastos do banco com lobby em 2013 não chegam a 4 milhões de dólares.