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Itaú BBA revê recomendações para 7 ações de indústrias em 2011

Setor deve ter um ano misto com aumento de custos; companhias com projetos de expansão no exterior devem ser favorecidas, diz corretora

Weg, Iochpe, Randon, Mills, Romi, Duratex e Marcopolo: ações terão 2011 com percalços, mas viés é positivo no longo prazo (Germano Luders/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 09h33.

São Paulo – Depois de consolidar crescimento em 2010, as empresas da indústria nacional com capital aberto em bolsa devem enfrentar alguns percalços no ano que vem, ancorados na previsão de custos trabalhistas mais elevados e no impacto apreciação do real.

Classificando os próximos 12 meses como “mistos” para os papéis de indústrias, o Itaú BBA revisou as recomendações  para 7 companhias.  “O rali das companhias no acumulado do ano, combinado com o cenário incerto para a demanda e as margens para algumaz das empresas, tornou a escolha das ações do setor mais desafiadora”, diz a analista  Renata Faber, que assina o relatório.

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Em linhas gerais, ganharam melhores perspectivas aquelas que investem em internacionalização e estão à frente de aquisições no mercado externo, enquanto as companhias de autopeças e maquinário receberam previsão de menores margens. No entanto, o maior vilão da indústria será mesmo o custo da mão de obra, que devem aumentar mais que a inflação. “O aquecimento do mercado de trabalho junto à carência de capital humano no Brasil deve levar a uma pressão significativa sobre as negociações salariais e aumentos reais nos salários”, explica Renata.

Conheça a avaliação do Itaú BBA para as indústrias em 2011:

Iochpe (MYPK3) – Continua escolha preferencial do Itaú BBA, e teve sua recomendação outperform (acima da média do mercado) mantida. O ano de 2011 vai ser particularmente positivo para automóveis no Brasil e no México – a Iochpe tem divisões nos dois países. O Itaú BBA prevê também aumento de 5% na produção de caminhões, estimulando a divisão de rodas e chassis, responsável por 50% da receita da companhia. Outra fonte de lucros para o papel é o projeto de internacionalização da companhia, cuja produção no exterior deve chegar a 30% em cinco anos. “Vemos esse processo ocorrendo principalmente via aquisições”, diz Renata.

Randon (RAPT3 ) – Os caminhões continuarão impulsionando os balanços da Random, que, dotada de caixa forte, deve começar a estender seus limites para fora do Brasil. “Não seria surpreendente observar a Randon adquirindo companhias norte-americanas de peças para caminhões, enquanto as aquisições de carretas rodoviárias devem provavelmente ser focadas em países emergentes”, escreve Renata. A recomendação para o papel continua outperform (acima da média do mercado).

Marcopolo (POMO3) (POMO 4) – Esperando um  “cenário brilhante” para a empresa em 2011,  o Itaú BBA desenha estimativas otimistas para a Marcopolo dentro e fora do Brasil – expansão forte e investimentos governamentais devem se unir para estimular os papéis da empresa, classificados como markert perform (performance em linha com o mercado). A Índia deve continuar representando o foco principal da companhia, que também deve investir  no México e no Egito. No Brasil, o projeto do governo ‘Caminhos da Escola’ deve impactar positivamente os investimentos.

Romi (ROMI3) – Para a Romi o cenário ganha tons mais graves, cortesia da apreciação do real, que afeta a concorrência da empresa diante de companhias estrangeiras e força a redução de preços para se manter competitiva.  A recomendação para o papel foi rebaixada de outperform (acima da média do mercado) para marketperform (em linha com o mercado).

WEG (WEGE3) – Munida de forte carteira de longo prazo, a WEG deve manter o bom ritmo de resultados, com receitas e margens fortalecidas pelo segmento de geração, transmissão e distribuição de energia (GTD). O novo de novos pedidos de GTD deve, ainda, aumentar em 2011, após um ligeiro decréscimo em 2009. “Esperemos que o cenário de GTD melhore, levando a receita da Weg ao ritmo de crescimento anual de 15%”, diz a analista.

Duratex (DURA4) – Elevada utilização da capacidade da Divisão Madeira deve continuar a ter efeito positivo sobre as margens. Na Deca, no entanto, a expectativa é de moderação. “Esperamos que as margens na Deca sejam menores do que o que foram nos nove primeiros meses de 2010, quando a utilização da capacidade instalada foi extremamente elevada e o mix de produtos foi notavelmente rico”. A recomendação para o papel foi mantida em market perform.

Mills (MILS3) – Ligada à construção civil, a Mills tem cenário de curto prazo pouco estimulante, com queda das margens causadas pelo ritmo mais desacelerado de crescimento das novas unidades. Mas a retomada dos projetos de construção pesada deve consolidar o otimismo de longo e médio prazo. A Itaú BBA também aposta em forte desempenho das divisões Jahu e Locações de Equipamentos. A Mills recebeu recomendação market perform (em linha com o mercado).

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