Ibovespa sobe 0,2%, mas tem pior semana desde novembro
Os resultados fracos de Petrobras e OGX pesaram sobre o índice, assim como o clima de incerteza em relação ao câmbio e aos juros
Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2013 às 17h29.
O principal índice acionário da Bovespa encerrou a sexta-feira em leve alta, mas amargou o pior desempenho semanal em quase três meses, diante de crescentes preocupações com a economia doméstica.
O Ibovespa subiu 0,21 por cento, a 58.497 pontos, num pregão instável --o índice oscilou entre alta de 0,5 por cento e queda de 0,6 por cento na sessão. O giro financeiro do pregão foi de 7,3 bilhões de reais.
Com isso, o referencial brasileiro de ações registrou queda de 3,1 por cento na semana, no pior desempenho para um período de cinco dias desde meados de novembro de 2012, mantendo-se nas mínimas de dois meses.
O movimento foi na contramão dos principais mercados globais --um exemplo é o norte-americano S&P 500, que caminhava para sua sexta semana consecutiva de alta, nas máximas de mais de cinco anos.
"A Bovespa não tem acompanhado o desempenho externo por questões domésticas, por notícias corporativas e preocupações sobre a macroeconomia", disse o economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria em São Paulo.
No início da semana, fracos resultados das petrolíferas Petrobras e OGX pesaram no mercado. Já nas últimas sessões, ganharam corpo incertezas sobre os rumos do câmbio e juros no Brasil, em meio ao forte avanço da inflação.
Nesta semana, o mercado repercutiu a notícia de que a inflação de janeiro, medida pelo IPCA, teve a maior alta em quase oito anos. Nesta sexta-feira, o câmbio teve um dia nervoso, após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter afirmadou à Reuters que o governo não deixaria o dólar ceder a 1,85 real.
"Existe uma percepção de que o Brasil está com um desarranjo macroeconômico e isso afeta as perspectivas para as companhias", disse Campos Neto. "O investidor deseja um cenário mais estável para investir." Nesta sexta-feira, as ações preferenciais de Petrobras e Itaú Unibanco foram as principais influências positivas, com alta de 1,37 e 1,8 por cento, respectivamente.
Em sentido oposto, BM&FBovespa e CSN foram as maiores pressões de baixa para o índice, com queda de 1,54 e 2,04 por cento, nesta ordem.
Fora do índice, a empresa paulista de software Linx disparou 18,5 por cento na sua estreia no pregão, na primeira oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de uma companhia brasileira em mais de nove meses.
Operadores citaram certo clima de cautela nas negociações antes da pausa para o Carnaval. A Bovespa ficará fechada na segunda e terça-feira, com retomada das negociações às 13 horas de quarta-feira, dia de vencimento de opções sobre Ibovespa.
Em Wall Street, o índice Dow Jones subia 0,29 por cento às 18h16 (horário de Brasília), enquanto o S&P 500 avançava 0,51 por cento. Mais cedo, o principal índice europeu de ações fechou em alta de 1,2 por cento.
O bom humor externo encontrou força em dados positivos de China e Estados Unidos, que renovaram a confiança de investidores na recuperação da atividade global.
O principal índice acionário da Bovespa encerrou a sexta-feira em leve alta, mas amargou o pior desempenho semanal em quase três meses, diante de crescentes preocupações com a economia doméstica.
O Ibovespa subiu 0,21 por cento, a 58.497 pontos, num pregão instável --o índice oscilou entre alta de 0,5 por cento e queda de 0,6 por cento na sessão. O giro financeiro do pregão foi de 7,3 bilhões de reais.
Com isso, o referencial brasileiro de ações registrou queda de 3,1 por cento na semana, no pior desempenho para um período de cinco dias desde meados de novembro de 2012, mantendo-se nas mínimas de dois meses.
O movimento foi na contramão dos principais mercados globais --um exemplo é o norte-americano S&P 500, que caminhava para sua sexta semana consecutiva de alta, nas máximas de mais de cinco anos.
"A Bovespa não tem acompanhado o desempenho externo por questões domésticas, por notícias corporativas e preocupações sobre a macroeconomia", disse o economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria em São Paulo.
No início da semana, fracos resultados das petrolíferas Petrobras e OGX pesaram no mercado. Já nas últimas sessões, ganharam corpo incertezas sobre os rumos do câmbio e juros no Brasil, em meio ao forte avanço da inflação.
Nesta semana, o mercado repercutiu a notícia de que a inflação de janeiro, medida pelo IPCA, teve a maior alta em quase oito anos. Nesta sexta-feira, o câmbio teve um dia nervoso, após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter afirmadou à Reuters que o governo não deixaria o dólar ceder a 1,85 real.
"Existe uma percepção de que o Brasil está com um desarranjo macroeconômico e isso afeta as perspectivas para as companhias", disse Campos Neto. "O investidor deseja um cenário mais estável para investir." Nesta sexta-feira, as ações preferenciais de Petrobras e Itaú Unibanco foram as principais influências positivas, com alta de 1,37 e 1,8 por cento, respectivamente.
Em sentido oposto, BM&FBovespa e CSN foram as maiores pressões de baixa para o índice, com queda de 1,54 e 2,04 por cento, nesta ordem.
Fora do índice, a empresa paulista de software Linx disparou 18,5 por cento na sua estreia no pregão, na primeira oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de uma companhia brasileira em mais de nove meses.
Operadores citaram certo clima de cautela nas negociações antes da pausa para o Carnaval. A Bovespa ficará fechada na segunda e terça-feira, com retomada das negociações às 13 horas de quarta-feira, dia de vencimento de opções sobre Ibovespa.
Em Wall Street, o índice Dow Jones subia 0,29 por cento às 18h16 (horário de Brasília), enquanto o S&P 500 avançava 0,51 por cento. Mais cedo, o principal índice europeu de ações fechou em alta de 1,2 por cento.
O bom humor externo encontrou força em dados positivos de China e Estados Unidos, que renovaram a confiança de investidores na recuperação da atividade global.