Índice brasileiro recua com aversão a risco; bancos caem após ata

São Paulo - O aumento da aversão a risco no exterior pressionava o mercado acionário brasileiro nesta quinta-feira, após o rebaixamento da Espanha pela Moody's, dados fracos sobre comércio na China e números frustrantes do mercado de trabalho nos Estados Unidos.

No Brasil, o pessimismo afetava principalmente as ações do setor financeiro, após o Banco Central ressaltar o uso de medidas prudenciais no combate à inflação.

Às 12h17, o Ibovespa <.BVSP> tinha desvalorização de 1,23 por cento, a 66.438 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,8 bilhões de reais.

No mesmo horário, o índice Standard & Poor's 500 <.SPX> caía 1,64 por cento.

"Você tem preocupação com o rebaixamento da Espanha, dados do Japão, dados da China, problemas geopolíticos na Líbia e mundo árabe como um todo", disse Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimentos da corretora Souza Barros.

A agência de classificação de risco Moody's diminuiu a nota de crédito da Espanha em um nível nesta quinta-feira, de Aa1 para Aa2, citando a preocupação com o custo da reestruturação dos bancos do país. [ID:nN1082900] O PIB revisado do Japão diminuiu 0,3 por cento no quarto trimestre, e a China teve em fevereiro o maior déficit comercial em sete anos por causa do Ano-Novo chinês.

[ID:nN09277797] [ID:nN1081516] Além disso, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiram mais que o esperado na última semana, para 397 mil com ajuste sazonal. [ID:nN10109841] Os bancos eram os que mais caíam dentro do Ibovespa. Itaú Unibanco perdia 2,5 por cento, a 35,30 reais, Santander caía 2,5 por cento, a 19,13 reais, e Bradesco recuava 2,39 por cento, a 30,63 reais.

Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC reafirmou o uso de medidas macroprudenciais junto com a política monetária para combater a inflação. Essas medidas têm impacto mais direto sobre a oferta de crédito.

As ações preferenciais da Vale repetiam o comportamento fraco da véspera, com queda de 2,67 por cento, a 46,36 reais. Petrobras PN tinha variação negativa de 1,4 por cento, a 28,15 reais.

Na ponta positiva, as ações da Cielo tinha a maior variação, com alta de 1,66 por cento, a 14,05 reais.