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Ibovespa recua com Petrobras e cena externa negativa

Principal índice da Bovespa recuava na manhã desta segunda-feira, com Petrobras entre as principais pressões negativas


	Bovespa: às 11h53, o Ibovespa recuava 0,8 por cento, a 51.579 pontos. O volume financeiro somava 843 milhões de reais
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Bovespa: às 11h53, o Ibovespa recuava 0,8 por cento, a 51.579 pontos. O volume financeiro somava 843 milhões de reais (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2014 às 12h17.

São Paulo - O principal índice da Bovespa recuava na manhã desta segunda-feira, com Petrobras entre as principais pressões negativas, em meio à nova queda do petróleo no exterior e expectativa para a divulgação na sexta-feira do balanço não auditado da empresa.

O noticiário externo de modo geral também era desfavorável neste início de semana, particularmente números sobre o comércio exterior chinês, que mostraram contração nas importações, contrariando expectativa de alta.

Às 11h53, o Ibovespa recuava 0,8 por cento, a 51.579 pontos. O volume financeiro somava 843 milhões de reais.

No exterior, o petróleo Brent chegou a cair 2 dólares por barril nesta segunda-feira, renovando mínima de cinco anos, conforme segue a expectativa de excesso de oferta após a Opep decidir não cortar a produção. O movimento da commodity reforçava o cenário desfavorável para a Petrobras , colocando as ações da estatal entre as maiores quedas do índice, enquanto agentes aguardam os números do terceiro trimestre para o dia 12. O balanço da companhia foi adiado em razão das denúncias de corrupção envolvendo a estatal.

Em Wall Street, os futuros do S&P 500 e do Dow Jones também trabalhavam no vermelho após os dados da China e também números fracos da economia japonesa no terceiro trimestre adicionado preocupações sobre crescimento global.

O BTG Pactual considerou os dados chineses negativos para o setor de aço, chamando atenção para a queda nas importações de minério de ferro, que eles atribuem a uma produção de aço mais fraca no mês.

Nesse sentido, além da queda relativamente óbvia de Vale , papéis de siderúrgicas, que até pouco tempo investiram grandes somas para ampliar produção de minério de ferro de olho em mercados de exportação, também sofriam. Usiminas era um capítulo à parte, conforme segue a briga entre a Nippon Steel e a Ternium pelo controle da siderúrgica.

Na sexta-feira, Usiminas ON subiu quase 17 por cento. Nesta sessão, já trabalhou com variação de 4 por cento nos dois campos e agora recuava 0,78 por cento. O papel tem liquidez reduzida e registrava cerca de 840 negócios, contra 1.077 negócios das preferenciais.

Um peso negativo relevante para o Ibovespa vinha de Cielo . A Coluna Radar, da Revista Veja, publicou que o atual presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, tenta para trocar o atual cargo pela empresa de cartões. Em nota a clientes, o Bradesco BBI disse que a ação da Cielo poderia reagir negativamente se confirmada a substituição de Rômulo Dias, atual presidente-executivo, dado o seu sólido desempenho desde o IPO da empresa. O grupo de energia e infraestrutura Cosan também figurava entre as maiores perdas, em meio a um ambiente negativo para o setor de açúcar e álcool.

Na ponta positiva, Eletropaulo era um dos destaques. Em nota a clientes comentando o leilão de energia A-1 da última sexta-feira, o BTG Pactual disse preferir empresas expostas à distribuição (caso de Eletropaulo), "que estão mais protegidas que as geradoras no ponto de vista contratual".

Eletrobras também estava entre as maiores altas.

A agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu dar provimento parcial a pedido de reconsideração da estatal no sentido de reconhecer que os valores correspondentes às inadimplências de pagamentos das distribuidoras à companhia devem ser considerados no saldo da Conta de Comercialização de Energia Elétrica de Itaipu.

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