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Ibovespa recua com cena externa e pesquisas eleitorais

Em meio a um ambiente internacional pessimista, investidores aguardam novas pesquisas sobre a corrida presidencial

Bovespa: às 12h06, o Ibovespa cedia 1,24%, e o volume financeiro somava 1,66 bilhão de reais (Germano Lüders/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2014 às 12h47.

São Paulo - O viés negativo prevalecia na Bovespa na manhã desta quinta-feira, em meio a um ambiente internacional pessimista, enquanto investidores aguardam novas pesquisas sobre a corrida presidencial a pouco mais de uma semana da eleição.

Às 12h06, o Ibovespa cedia 1,24 por cento, a 56.118 pontos. O volume financeiro do pregão somava 1,66 bilhão de reais.

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A trégua da véspera sucumbia nesta sessão diante de uma série de notícias externas negativas, começando na China , com a queda do preço do minério de ferro a 78,60 dólares por tonelada, mínima desde setembro de 2009.

Para ajudar, a mineradora global BHP Billiton minimizou a chance de uma recuperação nos preços do minério de ferro, dizendo que as recentes quedas refletem a realidade da oferta e demanda no mercado.

O Conselho da Associação de Ferro e Aço da China (Cisa), aliás, informou que o consumo de aço no país caiu neste ano pela primeira vez em 14 anos.

Vale, obviamente, abandonou a trajetória de recuperação dos últimos dois pregões, e voltou a cair, movimento acompanhado por Bradespar, assim como recuavam as ações do setor siderúrgico.

Wall Street não ajudava, com perdas em meio a dados econômicos divergentes, com desaceleração maior que o previsto do setor de serviços, alta abaixo do esperado em pedidos de auxílio-desemprego e queda nas encomendas de bens duráveis.

Da cena eleitoral, mercado está atento principalmente à pesquisa Datafolha que pode sair a partir de sexta-feira, mas não deve passar batido pelos números da Vox Populi previstos para o final desta quinta-feira.

Segundo pesquisa da Reuters, o futuro da bolsa brasileira depende da eleição presidencial de outubro, podendo cair até o fim do ano caso a presidente Dilma Rousseff seja reeleita.

Se Dilma for reeleita, o índice deve terminar o ano em 50 mil pontos, segundo a mediana das projeções na pesquisa com 16 estrategistas e analistas. Se Dilma perder a eleição, o Ibovespa deve subir a 63.770 pontos até o fim do ano, mostrou a pesquisa.

Papeis que têm sido afetados pela dinâmica eleitoral, como as ações de estatais como Petrobras e do setor financeiro, entre eles Itaú Unibanco e Bradesco , recuavam nesta sessão.

Banco do Brasil seguia pressionado, com agentes financeiro ainda atribuindo o movimento à reportagem da véspera do jornal Valor Econômico de que o Fundo Soberano do país pode ter de vender ações do BB para ajudar o Tesouro Nacional.

Do noticiário corporativo, Eletropaulo destoava da tendência do índice com forte alta. Na terça-feira, a Reuters publicou que a distribuidora de energia obteve liminar contra decisão da Aneel que obrigou a empresa a ressarcir consumidores em cerca de 626 milhões de reais.

TIM Participações também figurava entre as poucas altas do Ibovespa, com o mercado atento à reunião do Conselho da Telecom Italia e na esteira de ganhos das ações da operadora italiana após a Bloomberg noticiar que o empresário norte-americano Sol Trujillo está buscando levantar recursos para fazer uma oferta por participação na empresa.

A ação BM&FBovespa registrava leve perda após anunciar na véspera que reduziu o orçamento de despesas ajustadas para 2014 para o intervalo entre 585 milhões e 595 milhões de reais. A faixa anterior para o ano era de 595 milhões a 615 milhões de reais.

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