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Ibovespa oscila sem tendência única com cautela sobre política

Às 11:44, o Ibovespa caía 0,28 por cento, a 60.508 pontos. O giro financeiro era de 1,26 bilhão de reais

Bovespa: mercado aguarda a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto dos gastos públicos (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: mercado aguarda a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto dos gastos públicos (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 11h58.

São Paulo - O principal índice da Bovespa operava sem tendência definida nesta sexta-feira, à espera de novidades no campo político e avanços em medidas para recuperação da economia, tendo o viés positivo amparado pelos ganhos da Petrobras, enquanto movimento de ajuste mantinha as ações da JBS entre os destaques negativos.

Às 11:44, o Ibovespa caía 0,28 por cento, a 60.508 pontos. O giro financeiro era de 1,26 bilhão de reais.

No campo político, o mercado aguarda a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto dos gastos públicos, que deve acontecer na próxima terça-feira (13), após concluir na véspera os requisitos no Senado. Investidores também acompanham de perto os desdobramentos acerca da proposta de reforma da Previdência, ainda em fase inicial de discussões.

Em geral, a percepção é de que o avanço da medida que muda as regras para o sistema previdenciário não virá sem solavancos e algumas das propostas ainda podem ser alteradas.

Mais cedo, o governo federal negou que aceitaria diminuir a idade mínima de 65 anos para requerer a aposentadoria no âmbito da proposta.

Outro fator que inspira cautela é a espera pela decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros nos Estados Unidos, prevista para próxima quarta-feira.

Operadores devem ficar atentos às sinalizações do comunicado de membros do banco central norte-americano, em busca de pistas sobre o ritmo de aperto monetário nos EUA.

Destaques

- Vale PNA subia 0,07 por cento e Vale ON perdia 0,13 por cento, em sessão de baixa para os preços do minério de ferro na china.

- JBS mantinha o ajuste de posições e caía 2,87 por cento, esticando as perdas da véspera, quando recuou 2,53 por cento. Nas duas sessões anteriores, o papel acumulou ganho de 23,4 por cento devido à boa recepção do novo plano de reorganização da empresa.

- Localiza cedia 1,86 por cento, também dando continuidade ao declínio de 0,81 por cento de quinta-feira, que sucedeu uma valorização de 11,6 por cento em duas sessões por causa do acordo para compra das operações brasileiras da Hertz.

- Petrobras PN ganhava 0,38 por cento e Petrobras ON tinha alta de 0,76 por cento, alinhadas ao avanço das cotações do petróleo no mercado internacional. No radar estava a notícia publicada pelo jornal Valor Econômico de que a petrolífera está em negociações avançadas para venda de sua participação de 25 por cento no campo de Saint Malo, no Golfo do México, e que também estaria perto de acertar a comercialização de três campos brasileiros de petróleo e gás natural. [O/R]

- Bradesco PN subia 0,56 por cento, tendo entre os destaques a proposta da diretoria do banco de pagamento de quase 1,5 bilhão de reais em juros sobre capital próprio. As ações do setor têm mostrado forte volatilidade nas últimas semanas, após acumularem ganhos expressivos no ano. ITAÚ UNIBANCO ganhava 0,18 por cento.

- Pão de Açúcar avançava 4,16 por cento, registrando o melhor desempenho entre as ações que compõem o Ibovespa. As perspectivas divulgadas na véspera pela empresa, que espera crescimento do setor de varejo no país em 2017, alimentavam otimismo entre os investidores.

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