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Ibovespa cai pelo 5º pregão seguido; queda chega a 12% no ano

Receios de que a Itália seja a próxima vítima da crise soberana provoca busca por proteção entre os investidores

Vale é uma das empresas que amargam perdas neste pregão. Na mínima do pregão, as ações preferenciais classe A caíram 1,2%, vendidas a 45,51 reais (Dario Zalis/AGÊNCIA VALE)
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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2011 às 12h16.

São Paulo – A segunda-feira (11) abre a semana com o predomínio do mau humor nos mercados globais. Na mínima do dia, o principal índice da bolsa brasileira caia 1,6%, aos 60.492 pontos. Trata-se do quinto dia seguido de queda para o Ibovespa, que se aproxima do menor nível em um ano. Em 2011, a desvalorização chega a 12,5%.

O Citigroup rebaixou para neutra a recomendação para as ações brasileiras e reduziu sua estimativa para a alta dos papéis de mercados emergentes neste ano. A confiança mais fraca significa que as ações desses países podem não ser capazes de atingir um “prêmio claro dos múltiplos”, explicou o banco, que reduziu sua estimativa para o índice MSCI de mercados emergentes no final de 2011 de 1.500 para 1.400, escreveram os analistas liderados por Geoffrey Dennis.

Um dos pivôs para o movimento negativo do mercado neste primeiro pregão da semana está na Europa. Os receios de que a Itália seja a próxima vítima da crise soberana provoca uma busca por proteção entre os investidores. Eles têm dúvidas sobre a eficácia das autoridades europeias em impedir um contágio para a terceira maior economia da zona do euro e, eventualmente, garantir um resgate financeiro que evite uma crise sistêmica na região.

A taxa de risco da Itália bateu nesta segunda-feira um novo recorde ao chegar aos 260,2 pontos básicos em relação ao bônus alemão. Segundo os últimos dados, o diferencial entre os títulos italianos a dez anos e os alemães subiu 5,40%, chegando assim aos 260,2 pontos. A Bolsa de Milão abriu em baixa, mas a publicação dos dados da taxa de risco não parece ter afetado o pregão.

A agenda doméstica trouxe mais elevações nas perspectivas de preços. O mercado financeiro elevou suas previsões para a inflação em 2011 e 2012 e o cenário para a Selic neste ano, segundo o relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira.

A expectativa para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano interrompeu nove quedas e passou de 6,15% na semana passada para 6,31%, enquanto a de 2012 passou de 5,10% para 5,20%. O Focus acrescentou que o prognóstico para a Selic foi elevado de 12,50% para 12,75% este ano, enquanto para 2012 seguiu em 12,50%.

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Vale

A Vale ( VALE3; VALE5 ) é uma das empresas que amargam perdas neste pregão. Na mínima do pregão, as ações preferenciais classe A caíram 1,2%, vendidas a 45,51 reais. Em 2011, a queda destes ativos chega a 4%.

A mineradora afirmou hoje que encerrou o acordo referente à oferta que havia feito pela Metorex. A empresa brasileira informou que não tem intenção de igualar os termos de uma oferta recebida recentemente pela produtora sul-africana de cobre e cobalto.
Segundo a brasileira, sua decisão, de encerrar a oferta, é “consistente com sua rigorosa disciplina de alocação de capital”. A Vale afirmou, em comunicado ao mercado, que continua comprometida com seus projetos no continente africano.

Cosan

As ações ordinárias da Cosan ( CSAN3 ) também figuram no terreno das perdas. Com queda de 15% em 2011, os papéis caíam 2,5% na mínima do dia, vendidos a 23,01 reais.

A produtora brasileira de açúcar e etanol anunciou hoje que emitiu 200 milhões de dólares em notas perpétuas em uma operação feita pela sua subsidiária, a Cosan Overseas, segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
De acordo com a companhia, as notas perpétuas foram emitidas a um preço de 103% do valor de face, o que representa uma taxa de juros efetiva de 7,429%.

Light

A Light ( LIGT3 ) deve fazer uma emissão de 350 milhões de reais em títulos de dívida local ou contrair um empréstimo para financiar a aquisição da Renova Energia SA, segundo Luiz Fernando Rolla, diretor financeiros da companhia. O executivo fez os comentários em entrevista hoje durante evento em São Paulo, segundo informações da Bloomberg.

As ações ordinárias da companhia registravam desvalorização de 1,7% na mínima do dia, cotadas a 28,10 reais.

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São Paulo – A segunda-feira (11) abre a semana com o predomínio do mau humor nos mercados globais. Na mínima do dia, o principal índice da bolsa brasileira caia 1,6%, aos 60.492 pontos. Trata-se do quinto dia seguido de queda para o Ibovespa, que se aproxima do menor nível em um ano. Em 2011, a desvalorização chega a 12,5%.

O Citigroup rebaixou para neutra a recomendação para as ações brasileiras e reduziu sua estimativa para a alta dos papéis de mercados emergentes neste ano. A confiança mais fraca significa que as ações desses países podem não ser capazes de atingir um “prêmio claro dos múltiplos”, explicou o banco, que reduziu sua estimativa para o índice MSCI de mercados emergentes no final de 2011 de 1.500 para 1.400, escreveram os analistas liderados por Geoffrey Dennis.

Um dos pivôs para o movimento negativo do mercado neste primeiro pregão da semana está na Europa. Os receios de que a Itália seja a próxima vítima da crise soberana provoca uma busca por proteção entre os investidores. Eles têm dúvidas sobre a eficácia das autoridades europeias em impedir um contágio para a terceira maior economia da zona do euro e, eventualmente, garantir um resgate financeiro que evite uma crise sistêmica na região.

A taxa de risco da Itália bateu nesta segunda-feira um novo recorde ao chegar aos 260,2 pontos básicos em relação ao bônus alemão. Segundo os últimos dados, o diferencial entre os títulos italianos a dez anos e os alemães subiu 5,40%, chegando assim aos 260,2 pontos. A Bolsa de Milão abriu em baixa, mas a publicação dos dados da taxa de risco não parece ter afetado o pregão.

A agenda doméstica trouxe mais elevações nas perspectivas de preços. O mercado financeiro elevou suas previsões para a inflação em 2011 e 2012 e o cenário para a Selic neste ano, segundo o relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira.

A expectativa para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano interrompeu nove quedas e passou de 6,15% na semana passada para 6,31%, enquanto a de 2012 passou de 5,10% para 5,20%. O Focus acrescentou que o prognóstico para a Selic foi elevado de 12,50% para 12,75% este ano, enquanto para 2012 seguiu em 12,50%.

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Vale

A Vale ( VALE3; VALE5 ) é uma das empresas que amargam perdas neste pregão. Na mínima do pregão, as ações preferenciais classe A caíram 1,2%, vendidas a 45,51 reais. Em 2011, a queda destes ativos chega a 4%.

A mineradora afirmou hoje que encerrou o acordo referente à oferta que havia feito pela Metorex. A empresa brasileira informou que não tem intenção de igualar os termos de uma oferta recebida recentemente pela produtora sul-africana de cobre e cobalto.
Segundo a brasileira, sua decisão, de encerrar a oferta, é “consistente com sua rigorosa disciplina de alocação de capital”. A Vale afirmou, em comunicado ao mercado, que continua comprometida com seus projetos no continente africano.

Cosan

As ações ordinárias da Cosan ( CSAN3 ) também figuram no terreno das perdas. Com queda de 15% em 2011, os papéis caíam 2,5% na mínima do dia, vendidos a 23,01 reais.

A produtora brasileira de açúcar e etanol anunciou hoje que emitiu 200 milhões de dólares em notas perpétuas em uma operação feita pela sua subsidiária, a Cosan Overseas, segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
De acordo com a companhia, as notas perpétuas foram emitidas a um preço de 103% do valor de face, o que representa uma taxa de juros efetiva de 7,429%.

Light

A Light ( LIGT3 ) deve fazer uma emissão de 350 milhões de reais em títulos de dívida local ou contrair um empréstimo para financiar a aquisição da Renova Energia SA, segundo Luiz Fernando Rolla, diretor financeiros da companhia. O executivo fez os comentários em entrevista hoje durante evento em São Paulo, segundo informações da Bloomberg.

As ações ordinárias da companhia registravam desvalorização de 1,7% na mínima do dia, cotadas a 28,10 reais.

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