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Ibovespa cai com eleição em aberto, NY e Vale limitam perda

Pesquisa Ibope mostrou quadro eleitoral praticamente inalterado, com empate técnico no segundo turno

Bovespa: às 12h38, o Ibovespa recuava 0,09%, e o volume financeiro somava 2,4 bilhões de reais (Yasuyoshi/AFP Photo)
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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2014 às 13h00.

São Paulo - A bolsa paulista reduzia perdas no final da manhã desta quarta-feira, em meio à análise das últimas pesquisas eleitorais e expectativa de divulgação de novos levantamentos, com o mercado ajustando-se aos sinais cada vez mais evidentes de que o resultado da eleição presidencial em outubro segue em aberto.

A melhora nos pregões em Wall Street corroborava a recuperação das ações locais, com o índice S&P 500 tocando a máxima da sessão, após testar suportes técnicos e com dados sobre as vendas de novas casas mais fortes do que o esperado.

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Às 12h38, o Ibovespa recuava 0,09 por cento, a 56.487 pontos, após ter recuado a 55.933 pontos na mínima. O volume financeiro da sessão somava 2,4 bilhões de reais.

Pesquisa Ibope divulgada na terça-feira mostrou que o quadro eleitoral permaneceu praticamente inalterado na simulação de segundo turno, com a presidente Dilma Rousseff (PT) oscilando de 40 para 41 por cento e empatando com Marina Silva (PSB), que de 43 para 41 por cento.

No levantamento do Vox Populi, também conhecida na noite da véspera, a simulação de segundo turno mostrou que Dilma subiu a 46 por cento (tinha 41 por cento na pesquisa anterior), enquanto Marina foi a 39 por cento (ante 42 por cento).

"Enquanto o Ibope mostrou uma corrida apertada no segundo turno, o Vox Populi mostrou uma confortável liderança da presidente Dilma Rousseff", avaliou o BofA Merrill Lynch em nota a clientes, ponderando que, "notavelmente, o Vox Populi tem a tendência maior pró-PT".

"A impressão é de que o mercado meio que ignorou a pesquisa do Vox Populi, ou estaria despencando... De qualquer forma, não ajuda no sentimento de um modo geral", disse o gestor de uma administradora de recursos no Rio de Janeiro, que preferiu não ter o nome citado.

"Parece que as pesquisas Ibope e Datafolha, que acabam influenciando mais, até o primeiro turno devem ficar dentro da margem de erro das pesquisas. Dificilmente vai fugir muito disso, apesar de um leve viés de melhora para Dilma ainda", avaliou.

Nesse contexto, vale destacar que há pesquisa Datafolha prevista para sair a partir da sexta-feira.

O desempenho "comportado" das ações da Petrobras , que chegaram a recuar mais cedo, mas já valorizavam-se, corroborava tal percepção. Os papéis da estatal acumulam no mês perda de cerca de 14 por cento.

Banco do Brasil mostrava declínio também afetado por informação do jornal Valor Econômico de que o Fundo Soberano pode ter de vender ações do BB para ajudar o Tesouro.

"Mesmo que ainda não esteja certo como será essa venda, cria uma pressão negativa de curto prazo", disse o gestor.

Na ponta positiva, Vale experimentava nova sessão de recuperação e também beneficiava o Ibovespa. Em nota a clientes, ajustando estimativas para a mineradora, a Brasil Plural citou que, apesar de o ímpeto, estar se deteriorando, ainda vê valor no papel.

Os analistas, contudo, dizem que, no caso de uma piora nos royalties de mineração e/ou nas licenças ambientais, o tom da corretora pode ficar bem mais negativo.

Também no azul, Eletropaulo valorizava-se 0,7 por cento após obter liminar contra decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica que obrigou a empresa a ressarcir consumidores em cerca de 626 milhões de reais.

Ainda no noticiário corporativo, Ambev cedia 0,6 por cento, mesmo após o governo federal decidir que não vai aumentar neste ano a carga tributária da indústria de bebidas frias, categoria que entre outros produtos inclui cervejas e refrigerantes.

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