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Ibovespa bate recorde e caminha para forte ganho semanal

Às 11:46, o Ibovespa subia 0,64%, a 111.333,53 pontos

B3: bolsa de valores de São Paulo tem batido recorde atrás de recorde (Germano Lüders/Exame)

B3: bolsa de valores de São Paulo tem batido recorde atrás de recorde (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 6 de dezembro de 2019 às 10h24.

Última atualização em 6 de dezembro de 2019 às 12h03.

São Paulo — O Ibovespa engatava a quinta sessão consecutiva de alta nesta sexta-feira, renovando máxima histórica acima dos 111 mil pontos, com o noticiário externo respaldando o sentimento mais positivo de investidores com a economia brasileira.

Às 11:46, o Ibovespa subia 0,64%, a 111.333,53 pontos. Na máxima até o momento, alcançou 111.429,66 pontos. O volume financeiro no pregão somava 2,95 bilhões de reais. Com tal desempenho, o Ibovespa caminhava para um ganho semanal próximo de 3%.

No exterior, dados de emprego dos Estados Unidos mostraram que a criação de vagas naquele país registrou o maior aumento em mais de dez meses em novembro, confirmando que a economia manteve-se em trajetória de expansão moderada.

Mais cedo, também repercutiu positivamente anúncio da China de que vai abrir mão de tarifas sobre alguns embarques de soja e carne suína dos Estados Unidos, em meio a negociações para um acordo comercial entre os gigantes econômicos.

Em Wall Street, o S&P 500 subia 0,7%

Na visão do presidente da BGC Liquidez, Ermínio Lucci, o cenário externo mais benigno, com sinais de que os EUA e a China caminham para um acordo de primeira fase nas negociações comerciais, ajuda o mercado brasileiro.

Mas, para ele, o que está por trás dos últimos recordes do Ibovespa é a melhora nas perspectivas de crescimento do país.

"O Brasil está começando a crescer... o que em um ambiente de juros e inflação baixos alimenta a demanda por ativos de risco", destacou, vislumbrando manutenção da trajetória positiva do mercado acionário brasileiro no médio prazo.

Nesta sexta-feira, dados mostraram que a inflação oficial do Brasil acelerou em novembro, com o IPCA registrando elevação de 0,51%, a maior alta para o mês em quatro anos, mas ainda abaixo do centro da meta no resultado em 12 meses.

"No geral, acreditamos que esse resultado é consistente com o cenário base do Banco Central e corrobora corte de 0,50 ponto percentual (na Selic) este ano", afirmou em relatório a XP Investimentos em nota a clientes.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reúne-se na próxima semana para decidir sobre a taxa básica de juros.

Do ponto de vista gráfico, os analistas Fábio Perina e Larissa Nappo, do Itaú BBA, avaliam que o Ibovespa está em tendência de alta, a caminho do próximo objetivo em 114 mil pontos. Passando deste, o próximo é em 120 mil pontos.

Destaques

- BTG PACTUAL UNIT subia 4,2%, tendo tocando máxima histórica intradia a 74,10 reais mais cedo, conforme muitos agentes financeiros veem os papéis como melhor veículo para se anteciparem ao IPO da XP Investimentos, aguardado para a próxima semana. Em 2019, as units do BTG acumulam elevação de mais de 200%.

- VIA VAREJO ON retomava o viés de alta e avançava 4,1%, conforme segue respaldada por perspectivas positivas para o consumo no país e mudança na gestão da companhia, dona das bandeiras Ponto Frio e Casas Bahia. B2W ON subia 1% e MAGAZINE LUIZA ON ganhava 1,1%.

- ITAÚ UNIBANCO PN tinha decréscimo de 0,2%, caminhando fechar a semana com alta de cerca de 5%, também tendo no radar o IPO da XP Inc, previsto para ser precificado no próximo dia 10. BRADESCO PN mostrava elevação de 0,4%, sinalizando uma alta de mais de 4,5%

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON avançavam 0,8% e 1,2%, respectivamente, apesar da queda dos preços do petróleo, ainda refletindo a repercussão positiva das sinalizações da companhia a investidores em evento nesta semana. Em evento em Londres, nesta sexta-feira, o presidente da petrolífera, Roberto Castello Branco, disse que a companhia planeja vender sua fatia na petroquímica Braskem em no máximo 12 meses. BR DISTRIBUIDORA, por sua vez, caía 0,6%.

- VALE ON mostrava acréscimo de 1%, acompanhando a alta do setor de mineração e siderurgia na Europa, diante do clima mais positivo em relação ao comércio global.

- AZUL PN subia 0,7%, tendo de pano de fundo dados operacionais de novembro, com aumento de 30,6% no tráfego de passageiros consolidado (RPKs) ante o mesmo mês de 2018, com alta de 32,5% na capacidade. A rival GOL PN tinha elevação de 1,54%.

- CYRELA ON tinha elevação de 2,3%, após o conselho de administração da companhia aprovar pagamento de 400 milhões de reais em dividendos intermediários, tendo de pano de fundo sinais de retomada do setor de construção civil.

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