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Fortes vendas do varejo em julho levantam setor na Bovespa

Movimento de ações de companhias do setor nesta quinta-feira foi na contramão do Ibovespa


	Varejo: às 12h54, as ações de Lojas Renner, Cia Hering , Natura e Lojas Americanas tinham altas de 1,1 a 2,6 por cento, enquanto o principal índice da bolsa recuava 0,6 por cento
 (Getty Images)

Varejo: às 12h54, as ações de Lojas Renner, Cia Hering , Natura e Lojas Americanas tinham altas de 1,1 a 2,6 por cento, enquanto o principal índice da bolsa recuava 0,6 por cento (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2013 às 13h02.

São Paulo - A surpreendente alta das vendas no varejo brasileiro em julho impulsionava as ações de companhias do setor nesta quinta-feira, na contramão do Ibovespa .

Às 12h54, as ações de Lojas Renner, Cia Hering , Natura e Lojas Americanas tinham altas de 1,1 a 2,6 por cento, enquanto o principal índice da bolsa recuava 0,6 por cento.

Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que as vendas no varejo no país tiveram crescimento de 1,9 por cento em julho contra junho, ritmo mais rápido desde janeiro de 2012.

Especialistas consultados pela Reuters projetavam alta de 0,20 por cento neste tipo de comparação.

Em relação a julho do ano passado, as vendas subiram 6,0 por cento, ante projeção de alta de 3,15 por cento.

"Vieram acima das previsões particularmente os setores de tecidos, vestuário e calçados, o que acaba dando otimismo para o setor", afirmou o economista Gustavo Mendonça, da Saga Capital.

Para a LCA Consultores, o bom desempenho do setor é explicado pelo alívio da inflação nos últimos meses, em paralelo à manutenção dos reajustes salariais, que tem permitido a recomposição do poder de compra das famílias.

"A surpresa do resultado (...) sinaliza uma intensificação do ritmo de crescimento das vendas do comércio varejista no terceiro trimestre (após resultado modesto no segundo trimestre)", afirmou a consultoria em relatório.


Para a equipe de análise da Socopa Corretora, o resultado surpreendeu especialmente porque para o terceiro trimestre esperava-se que o crescimento do consumo fosse próximo de zero.

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o SPC Brasil consideraram o forte crescimento uma "surpresa positiva", mas alertaram que o resultado pode ter sido reflexo da base fraca de comparação em junho, quando manifestações populares levaram lojas a fechar as portas, assim como feriados decretados por conta da Copa das Conferações.

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