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"Fiquem otimistas", diz J.P. Morgan para investidores em ações. Entenda

Estrategistas avaliam que riscos para queda das cotações, como tom hawkish do Fed e volta das restrições na pandemia, já estão precificados ou não devem se materializar

Sharon Bowen (à direita), presidente do conselho da NYSE, a Bolsa de Nova York, na cerimônia de abertura do primeiro pregão do ano (Michael Nagle/Bloomberg)
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Bloomberg

Publicado em 4 de janeiro de 2022 às 16h00.

Última atualização em 4 de janeiro de 2022 às 16h16.

PorNikos Chrysoloras

Tudo está se encaminhando para novas valorizações no mercado global de ações neste ano, de acordo com estrategistas do J.P. Morgan.

“Fiquem otimistas — os catalisadores positivos não terminaram”, escreveram os estrategistas liderados por Mislav Matejka em nota a clientes nesta terça-feira, dia 4 de janeiro.

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Os riscos de queda — incluindo uma virada hawkish (de rigor na política monetária) dos bancos centrais, uma desaceleração da economia chinesa ou restrições mais significativas contra o coronavírus — não se materializarão ou já estão precificados nas ações, disseram eles.

A perspectiva positiva vem com os índices dos Estados Unidos e da Europa em altas recordes, após o forte rali do ano passado devido a estímulos fiscais sem precedentes e a uma recuperação sólida da queda provocada pela pandemia.

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Os estrategistas do J.P. Morgan não estão sozinhos: o Credit Suisse reiterou nesta semana a visão otimista sobre as bolsas dos Estados Unidos, enquanto o Société Générale repetiu nesta terça a previsão de retorno de 6,6% para as ações europeias neste ano, escrevendo que “este mercado altista não acabou”.

Os estrategistas do Goldman Sachs e da BlackRock Investment Institute também vêem potencial de alta, embora a um ritmo mais moderado.

Gráfico com a evolução em 2021 dos índices de ações da Bloomberg para large e mid caps e do MSCI global e de emergentes (Arte/Bloomberg)

Entre as principais recomendações do J.P. Morgan estão a posição overweight — de recomendação acima da média de mercado — em ações do Reino Unido e da zona do euro, bem como em bancos, mineradoras e automóveis.

Os estrategistas veem um bom ponto de entrada nas bolsas de mercados emergentes, com a desaceleração da China “agora bastante para trás”. Eles também gostam de apostas que podem se beneficiar da reabertura das economias.

Eles recomendam uma posição neutra para as bolsas dos Estados Unodos, dizendo que podem estagnar se o bom desempenho do setor de tecnologia começar a diminuir.

Ainda assim, o quadro técnico geral é positivo para as ações, já que a inflação deve atingir seu pico no primeiro semestre, o Fed dificilmente se tornará mais hawkish e as projeções para o crescimento dos lucros “voltarão a se mostrar muito baixas”.

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