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Fim do teto da dívida dos EUA mantém rating, diz Fitch

Segundo a agência de classificação, a suspensão temporária do limite da dívida remove o risco de curto prazo para o rating AAA dos EUA

EUA: a Fitch prevê uma aceleração da recuperação para 2,8% em 2014, que dará suporte à redução do déficit e estabilização da dívida federal para a renda nacional (Jonathan Ferrey/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Londres - A Fitch Ratings disse que a suspensão temporária do limite da dívida remove o risco de curto prazo para o rating AAA dos EUA. A agência tinha comentado anteriormente que o fracasso para elevar teto da dívida em tempo hábil poderia provocar uma revisão do rating soberano dos EUA.

"Sem a distração de uma crise de financiamento de curto prazo para o governo federal, o Congresso e o governo têm espaço para se concentrar nas escolhas políticas fiscais substanciais necessárias para colocar as finanças públicas numa trajetória sustentável no médio e longo prazos", disse a Fitch.

Em linha com o comentário anterior da Fitch, o acordo sobre um plano crível de redução de déficit de médio prazo consistente com a sustentação da recuperação econômica deverá resultar na afirmação do rating AAA dos EUA e na revisão da perspectiva do rating para estável, de negativa. Na ausência deste plano, a perspectiva negativa deverá ser resolvida com um rebaixamento ainda neste ano, disse a agência.

Segundo a Fitch, à medida que os desequilíbrios legais e macrofinanceiros associados com o boom e explosão financeira e imobiliária diminuíram, o dinamismo e o potencial da economia dos EUA está começando a se reafirmar.

A Fitch prevê uma aceleração da recuperação para 2,8% em 2014, que dará suporte à redução do déficit e estabilização da dívida federal para a renda nacional. "No entanto, na ausência de medidas estruturais adicionais para reduzir a lacuna entre os gastos e as receitas federais, a dívida do governo federal continuará a subir e a dívida pública, incluindo as dos governos dos Estados e locais, atingirá cerca de 115% do Produto Interno Bruto (PIB) no fim da década", disse a agência.


Para a Fitch, esse nível de endividamento poderia corroer o espaço fiscal necessário para absorver futuros "choques" econômicos ou financeiros negativos e limitar o âmbito de políticas fiscais anticíclicas e, portanto, seria inconsistente que o governo federal e os títulos do Tesouro continuem com seu status AAA.

A aprovação da resolução orçamentária do ano fiscal 2014 no Congresso e um aumento correspondente no limite da dívida fortalecerão a confiança na estrutura fiscal e fornecerão uma plataforma para colocar em vigor um plano de redução de déficit de prazo mais longo, destaca a Fitch.

"Evitar o 'fechamento' do governo exige que o Congresso aprove uma resolução de continuidade até 27 de março e o sequestro de gastos diferidos que entram em vigor em 1º de março", acrescentou a agência.

"A falta de acordo em tempo hábil sobre essas questões não levará uma revisão imediata do rating soberano dos EUA, mas reduzirá a confiança nas perspectivas sobre um acordo este ano a respeito de um plano crível de redução do déficit necessário para evitar um rebaixamento do rating dos EUA", disse a Fitch.

As informações são da Dow Jones.

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Londres - A Fitch Ratings disse que a suspensão temporária do limite da dívida remove o risco de curto prazo para o rating AAA dos EUA. A agência tinha comentado anteriormente que o fracasso para elevar teto da dívida em tempo hábil poderia provocar uma revisão do rating soberano dos EUA.

"Sem a distração de uma crise de financiamento de curto prazo para o governo federal, o Congresso e o governo têm espaço para se concentrar nas escolhas políticas fiscais substanciais necessárias para colocar as finanças públicas numa trajetória sustentável no médio e longo prazos", disse a Fitch.

Em linha com o comentário anterior da Fitch, o acordo sobre um plano crível de redução de déficit de médio prazo consistente com a sustentação da recuperação econômica deverá resultar na afirmação do rating AAA dos EUA e na revisão da perspectiva do rating para estável, de negativa. Na ausência deste plano, a perspectiva negativa deverá ser resolvida com um rebaixamento ainda neste ano, disse a agência.

Segundo a Fitch, à medida que os desequilíbrios legais e macrofinanceiros associados com o boom e explosão financeira e imobiliária diminuíram, o dinamismo e o potencial da economia dos EUA está começando a se reafirmar.

A Fitch prevê uma aceleração da recuperação para 2,8% em 2014, que dará suporte à redução do déficit e estabilização da dívida federal para a renda nacional. "No entanto, na ausência de medidas estruturais adicionais para reduzir a lacuna entre os gastos e as receitas federais, a dívida do governo federal continuará a subir e a dívida pública, incluindo as dos governos dos Estados e locais, atingirá cerca de 115% do Produto Interno Bruto (PIB) no fim da década", disse a agência.


Para a Fitch, esse nível de endividamento poderia corroer o espaço fiscal necessário para absorver futuros "choques" econômicos ou financeiros negativos e limitar o âmbito de políticas fiscais anticíclicas e, portanto, seria inconsistente que o governo federal e os títulos do Tesouro continuem com seu status AAA.

A aprovação da resolução orçamentária do ano fiscal 2014 no Congresso e um aumento correspondente no limite da dívida fortalecerão a confiança na estrutura fiscal e fornecerão uma plataforma para colocar em vigor um plano de redução de déficit de prazo mais longo, destaca a Fitch.

"Evitar o 'fechamento' do governo exige que o Congresso aprove uma resolução de continuidade até 27 de março e o sequestro de gastos diferidos que entram em vigor em 1º de março", acrescentou a agência.

"A falta de acordo em tempo hábil sobre essas questões não levará uma revisão imediata do rating soberano dos EUA, mas reduzirá a confiança nas perspectivas sobre um acordo este ano a respeito de um plano crível de redução do déficit necessário para evitar um rebaixamento do rating dos EUA", disse a Fitch.

As informações são da Dow Jones.

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