Facebook e Twitter despencam mais de 7% após Unilever cortar anúncios
Empresas boicotam redes sociais por maior vigilância sobre discursos de ódio
Guilherme Guilherme
Publicado em 26 de junho de 2020 às 18h41.
Última atualização em 26 de junho de 2020 às 20h34.
As ações do Facebook e do Twitter fecharam em respectivas quedas de 8,32% e 7,4%, nesta sexta-feira, 26, após o jornal americano Wall Street Journal noticiar que a Unilever irá cortar os anúncios das redes sociais até o fim do ano.
“Com base na polarização atual e nas eleições que estamos realizando nos Estados Unidos, é preciso haver muito mais aplicação na área do discurso de ódio”, afirmou o vice -presidente executivo de mídia global da Unilever, Luis Di Como, em entrevista ao WSJ.
Com isso, a Unilever se junta a outras marcas, como Hellmann’s, Ben & Jerry’s e Dove, que decidiram boicotar o Facebook, pressionando a marca a adotar políticas mais duras para coibir ataques a minorias por meio das redes sociais da companhia.
Embora, recentemente, tenha afirmado que não alteraria a política de uso de suas redes sociais por pressões sobre financeiras, o Facebook mudou de ideia após a decisão da Unilever. Ainda segundo o WSJ, o Facebook afirmou que irá começar a rotular os discursos políticos que violem suas regras e adotar medidas para proteger minorias contra abusos em suas plataformas.