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Estrangeiros põem R$ 2,332 bi na Bovespa em 6 pregões

Para analistas, a busca por maior rentabilidade e a expectativa de melhores resultados da economia, além da melhora do cenário internacional, favorecem a entrada


	Bovespa: desde o dia 10 de dezembro, o saldo diário de capital externo é positivo
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Bovespa: desde o dia 10 de dezembro, o saldo diário de capital externo é positivo (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 12h21.

São Paulo - Os investidores estrangeiros acumulam já 19 pregões consecutivos ingressando com recursos na Bovespa. Desde o dia 10 de dezembro, o saldo diário de capital externo é positivo.

Depois de fecharem dezembro com a segunda maior entrada mensal de 2012, eles já injetaram R$ 2,332 bilhões na Bolsa em seis pregões deste mês.

Para analistas, a busca por maior rentabilidade e a expectativa de melhores resultados da economia brasileira, além da melhora do cenário internacional, favorecem a entrada.

"Os mercados internacionais vivem um momento de calmaria, depois de todos os problemas de 2012, e os estrangeiros, como todos os investidores, estão procurando remuneração melhor.

O cenário é propício para se tomar um pouco mais de risco, mas não sabemos até quando isso vai durar", diz o diretor da Título Corretora, Márcio Cardoso.

Ele ressalta que a perspectiva para a Bolsa é de um ano melhor, mas a continuidade deste movimento dependerá dos resultados da economia brasileira, e da inflação, cujo comportamento ainda não está claro. "Além disso, temos também a dúvida de como irá se comportar o novo Congresso norte-americano, que poderá trazer também incertezas para o mercado", afirma.

Na opinião do chefe do depto de análise da SLW Corretora, Pedro Galdi, a Bolsa brasileira nem está tão barata, mas os estrangeiros tentam pegar carona no tradicional rally de começo de ano. "Desde dezembro eles estão entrando.

Parece que eles estão acreditando mesmo na melhora da economia brasileira. Os ingressos de capital externo ocorreram até nos dias em que o Ibovespa caiu forte em janeiro", diz, lembrando, porém, que este comportamento irá depender do crescimento da economia, além do cenário internacional.


Além disso, o fluxo de estrangeiros também foi reforçado pela sua presença em diversas ofertas de ações ocorridas no final de 2012.

Eles, por exemplo subscreveram 53,7% das ações ordinárias da oferta pública de distribuição primária da Marfrig Alimentos, que somou R$ 1 bilhão. Ficaram ainda com 43,5% da oferta primária e secundária da Minerva Foods, de R$ 497,891 milhões.

Em dezembro houve ainda a oferta primária da Aliansce Shopping Centers, que captou até R$ 447,63 milhões, cuja participação dos investidores ainda não foi divulgada.

Resultados

Na quarta-feira, último dado disponível, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 318,648 milhões na Bolsa. Naquele pregão, o Ibovespa teve alta de 0,74%, aos 61.578,58 pontos, e o volume financeiro totalizou R$ 7,014 bilhões.

Com o resultado, o superávit de recursos estrangeiros na Bovespa cresceu para R$ 2,332 bilhões no primeiro mês de 2013. A cifra é resultado de compras de R$ 19,379 bilhões e vendas de R$ 17,046 bilhões no período.

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