Estatais se valorizam na Bolsa com boatos de privatizações
Cemig e Banrisul viram seu valor de mercado aumentar desde começo do ano
Karla Mamona
Publicado em 26 de fevereiro de 2017 às 08h01.
Última atualização em 26 de fevereiro de 2017 às 08h01.
São Paulo - Os boatos de que algumas estatais podem ser privatizadas para socorrer os estados brasileiros têm impactado ações na Bolsa. É o caso da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) e do Banrisul.
A distribuidora de energia mineira acumula ganhos de mais de 40% somente este ano. A empresa viu seu valor de mercado passar de 9,77 bilhões de reais em janeiro para 14,66 bilhões de reais em fevereiro.
Já o Banrisul viu seu valor de mercado passar de 4,43 bilhões de reais para 8,75 bilhões de reais. Os papéis do banco acumulam ganhos de 63%.
Em comunicado ao mercado, o Banrisul afirmou que não identificou nenhuma manifestação ou ato do controlador à intenção de alienação do controle acionário do banco, bem como a Administração do Banco não recebeu nenhuma informação ou orientação nesse sentido.
Na última semana, o secretário da Fazenda do estado gaúcho, Giovani Feltes, negou que o banco será privatizado.
Segundo o Jornal do Comércio , ele acrescentou que o governo federal não tem condições de impor nem mandar o governo gaúcho colocar o Banrisul. Disse ainda que o interesse é manter o banco conectado com o Estado.
No caso da Cemig, o governador do estado de Minas Gerais, Fernando Pimentel, também negou que a empresa será privatizada. No começo do mês, o governador mineiro afirmou ao jornal Estado de São Paulo, que não há razão para privatizar a companhia.
“Não há razão para privatizar uma empresa como a Cemig, que tem tido bons resultados. Nós agora estamos corrigindo questões que herdamos de governos passados, estamos tornando a Cemig mais eficiente, mais competente do que já é.”