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Em sessão de giro fraco, Ibovespa fecha em queda de 0,11%

A Bovespa voltou a fechar perto da estabilidade hoje, garantindo alta no acumulado da semana e com negociações da Grécia com credores no centro das atenções


	Bovespa: o Ibovespa quebrou a sequência de quatro pregões no azul, ao fechar com recuo de 0,11%, a 51.237 pontos
 (Nacho Doce/Reuters)

Bovespa: o Ibovespa quebrou a sequência de quatro pregões no azul, ao fechar com recuo de 0,11%, a 51.237 pontos (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2015 às 16h55.

São Paulo - A Bovespa voltou a fechar perto da estabilidade nesta sexta-feira, garantindo um resultado positivo no acumulado da semana, que foi encurtada pelo feriado do Carnaval, com as negociações entre a Grécia e seus credores na zona do euro praticamente centralizando as atenções nos últimos dias.

O Ibovespa, contudo, quebrou a sequência de quatro pregões no azul, ao fechar com recuo de 0,11 por cento, a 51.237 pontos. Na semana, porém, acumulou alta de 1,19 por cento.

O volume financeiro voltou a ficar bastante abaixo da média do mês, a 3,75 bilhões de reais, ante média de 7,6 bilhões de reais.

"O mercado brasileiro operou praticamente estável nesta sexta, esperando os desdobramentos da reunião de emergência entre Grécia e os ministros de Finanças da zona do euro, com volume novamente fraco", disse o analista de renda variável Fabio Lemos, da São Paulo Investments.

Na parte da tarde, autoridades gregas e da zona do euro afirmaram que a Grécia e o Eurogrupo, que inclui os 19 ministros das Finanças do bloco monetário, prepararam um esboço de um texto comum com Atenas que pode formar a base para um acordo que estenda o pacote de resgate ao país.

No plano doméstico, a Petrobras continuou no radar, com o Ministério Público Federal pedindo 4,47 bilhões de reais ressarcimento de empreiteiras por desvios na estatal, enquanto a Moody's disse que um resgate da petroleira, num cenário extremo, poderia custar até 5 por cento do PIB. O analista Marco Aurélio Barbosa, da CM Capital Markets, também chamou atenção em nota a clientes para a primeira audiência da empresa no caso da ação coletiva de investidores nos Estados Unidos, dizendo que o processo será outro fator de volatilidade.

As preferenciais da estatal fecharam em queda de 0,82 por cento e as ordinárias recuaram 1,04 por cento. Também repercutiram comentários da presidente Dilma Rousseff de que os "malfeitos" investigados na operação Lava Jato da Polícia Federal foram feitos por funcionários, não empresas.

O analista do Bradesco BBI, Auro Rozenbaum, recomendou em relatório que investidores evitassem o papel da petroleira estatal por causa da deterioração dos fundamentos e também devido às expectativas de que a ação seguirá pressionada pelo fluxo negativo de notícias das investigações da Lava Jato.

Ele cortou o preço-alvo da ação preferencial da Petrobras de 16 para 13 reais e manteve a recomendação "market perform" (média do mercado), enquanto reduziu estimativas para a produção da empresa. Usiminas PNA avançou 7,96 por cento, em dia de alta de papéis siderúrgicos na Bovespa, diante do avanço do dólar frente ao real e dados que mostraram queda na produção global de aço. A maior produtora de aços planos do país afirmou em teleconferência sobre o seu balanço que espera aumentar as exportações no segundo trimestre.

TIM Participações caiu 3,58 por cento, após a Telecom Italia, dona da operadora de telecomunicações brasileira, divulgar elevação dos seus investimentos no Brasil em novo plano estratégico, projetando alta contínua no lucro operacional no país no período de 2015 a 2017.

O setor de educação também pressionou negativamente, com Kroton em baixa de 3,01 por cento, após forte alta na véspera. O Ministério da Educação reabre na segunda-feira o sistema para novos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

*Atualizada às 17h54 do dia 20/02/2015

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