Educacionais puxam alta da Bolsa com a decisão do MEC
Portaria do Ministério da Educação aumentou percentual de carga horária EAD de cursos presenciais
Guilherme Guilherme
Publicado em 11 de dezembro de 2019 às 18h41.
Última atualização em 11 de dezembro de 2019 às 19h45.
São Paulo - O Ibovespa subiu 0,29% no pregão desta quarta-feira (11) e fechou em 110.964,27 pontos. A alta ocorre em linha com as bolsas internacionais, que também tiveram dia de leve alta, após as expectativas sobre a manutenção dos juros americanos entre 1,5% e 1,75% se confirmarem. A projeção de 13 dos 17 formuladores da política monetária dos Estados Unidos é a de que a taxa se mantenha até 2021.
Na Bolsa, o setor de educação apresentou forte movimento de alta, após o Ministério da Educação baixar uma portaria que abre a possibilidade de os cursos presenciais passarem a ter 40% de sua carga horária à distância. Até então, o limite era de 20%.
Com isso, as ações das companhias educacionais lideraram as altas do Ibovespa. Os papéis da Cogna (ex-Kroton) e da Yduqs (ex-Estácio) subiram 7,08% e 4,25%, respectivamente. Fora do índice, os papéis da Ser Educacional avançaram 7,57% e as da Anima , 2,31%.
Apesar da expectativa de redução de custos nas universidades, um especialista consultado por EXAME afirma que a mudança pode demorar a surtir efeito. “No fim das contas, o projeto pedagógico tem que ser submetido ao MEC. Não vai ser amanhã que as IES vão conseguir ofertar um produto mais enxuto.”
Além do corte de gastos, a medida pode trazer benefício para os projetos de expansão, visto que será necessário um território menor para atender à mesma quantidade de alunos.
O setor de siderurgia foi outro a ter um dia positivo na Bolsa, sustentado pela apreciação do minério de ferro na China. Com grande peso no Ibovespa, a Vale subiu 1,23% enquanto as ações da CSN se valorizaram 2,48% e as da Usiminas , 1,48%. Já os papéis da Gerdau , que vem se apreciando nas últimas semanas, caíram 0,74%.
Os frigoríficos, por outro lado, fecharam o dia no negativo, com os papéis da BRF liderando as quedas. As ações da dona das marcas Sadia e Perdigão recuaram 2,5% enquanto os papéis da JBS se desvalorizaram 2,12%. Na Bolsa, a Marfrig e a Minerva caíram 0,8% e 1,66%, respectivamente.
Apesar do sucesso do IPO da XP Inc . na Nasdaq , o Itaú , que possui 49,9% das ações da corretora, depreciaram-se 1,17% - a maior queda entre os bancos. Entre os gigantes do segmento, o Bradesco caiu 0,58%, o Santander , 0,25% e o Banco do Brasil , 0,15%. Os papéis do BTG Pactual se desvalorizaram 0,9%.
*Colaborou Carol Oliveira