Mercados

Dólar vira e perde com realização de lucro

Mudanças na rentabilidade da caderneta de poupança provocaram um movimento de realização de lucros no mercado de câmbio

Notas de dólar (Getty Images)

Notas de dólar (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2012 às 18h03.

São Paulo - Informações extraoficiais no começo da tarde sobre as mudanças na rentabilidade da caderneta de poupança provocaram um movimento de realização de lucros no mercado de câmbio. Em consequência, o dólar virou para o campo negativo na segunda parte da sessão, após operar em alta desde a abertura, e o volume de negócios manteve-se firme, embora levemente inferior ao da véspera. Apesar de o dólar ter renovado as mínimas várias vezes até o fechamento, o BC não fez leilão de compra, pela terceira sessão seguida.

Sobretudo tesourarias de bancos, que compraram dólar mais cedo em reação ao dado fraco de produção industrial no País, passaram a ofertar a moeda à tarde, num movimento de day-trade. "A queda de 0,5% da produção industrial em março ante fevereiro e de -2,01% em relação a março de 2011 abre espaço para novo corte de juros e isso piora a perspectiva de fluxo financeiro para o País, que já está negativo desde março", observou um operador de tesouraria de um banco, para justificar a demanda inicial pelo dólar. Os exportadores também apareceram para vender a divisa na sessão vespertina, a fim de aproveitar a taxa de câmbio ainda atrativa, acima do patamar de R$ 1,9240, ajudando a empurrar as cotações para baixo.

Convém destacar que esse movimento de realização de lucros no câmbio ocorre após o dólar atingir na quarta-feira o valor mais alto desde 17 de julho de 2009, de R$ 1,9210 (+0,79%) - na sétima sessão seguida em que a moeda não recuava e na quarta vez consecutiva em que fechou no campo positivo. No mercado à vista, o dólar fechou nesta quinta-feira nas mínimas do dia e em queda, cotado a R$ 1,9150 (-0,31%) no balcão, e a R$ 1,9210 (-0,03%) na BM&F.

Mais de Mercados

Lucro da Vale (VALE3) supera expectativas e sobe 210%, para US$ 2,76 bilhões

"Mercado precifica cenário de quase crise fiscal no Brasil, que não é verdade", diz Mansueto Almeida

Ibovespa retorna aos 125 mil pontos após IPCA-15 e PIB dos EUA virem acima do esperado

IA transforma tarefas em Wall Street, mas profissionais ainda estão céticos

Mais na Exame