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Dólar tem leves oscilações, mas feriado e eleição trazem cautela

Às 12:24, o dólar avançava 0,15 por cento, a 4,1499 reais na venda, depois de marcar a mínima de 4,1027 reais pouco depois da abertura dos negócios

Dólar: o Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 10,9 mil swaps cambiais tradicionais (Chung Sung-Jun/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 6 de setembro de 2018 às 12h42.

Última atualização em 6 de setembro de 2018 às 12h43.

O dólar operava com leves oscilações ante o real nesta quinta-feira, em meio à recuperação de divisas de países emergentes no exterior e cautela com a cena eleitoral no Brasil, alimentada ainda pelo feriado do Dia da Independência no dia seguinte e que manterá os mercados locais fechados.

Às 12:24, o dólar avançava 0,15 por cento, a 4,1499 reais na venda, depois de marcar a mínima de 4,1027 reais pouco depois da abertura dos negócios. Na máxima do dia, foi a 4,1674 reais. O dólar futuro tinha leve alta de cerca de 0,25 por cento.

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"O exterior está bom e ajudou na abertura, mas não há motivos para melhorar muito porque o cenário (eleitoral doméstico) não está tão claro", comentou a estrategista de câmbio do banco Ourinvest, Fernanda Consorte.

O dólar recuava frente a moedas de países emergentes, mas com menos intensidade do que no final da manhã, após recentes altas em meio ao cenário delicado em diversos países, como Turquia e Argentina, mas sem deixar de lado as preocupações com a guerra comercial patrocinada pelos Estados Unidos com seus parceiros.

A cautela com a cena política continuava no radar após a publicação de nova pesquisa Ibope na noite passada. O candidato Jair Bolsonaro (PSL) continuava na liderança na corrida ao Palácio do Planalto, com 22 por cento, seguido de Marina Silva (Rede), com 12 por cento.

Um dos destaques ficou por conta do avanço acima da margem de erro de Ciro Gomes (PDT), a 12 por cento, sobre 9 por cento antes. O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, oscilou para 9 por cento, de 7 por cento antes, enquanto Fernando Haddad (PT) ficou com 6 por cento, frente a 4 por cento.

O mercado avalia que Alckmin seria mais comprometido com reformas que considera necessárias ao ajuste fiscal do país.

"Ainda há tempo para mudar esse cenário, muita coisa pode acontecer", afirmou Fernanda.

O mercado também estava cauteloso pelo feriado brasileiro no dia seguinte, quando saem nos Estados Unidos números sobre o mercado de trabalho, indicador bastante acompanhado pelo Federal Reserve, banco central norte-americano, na formulação de sua política monetária.

Em meio a tantas incertezas, pesquisa da Reuters com estrategistas e economistas mostrou mais cedo que o dólar deve recuar 8,7 por cento, a 3,79 reais em 12 meses, se comparado com o atual patamar ao redor de 4,15 reais, de acordo com a mediana de 30 estimativas coletadas entre 31 de agosto e 4 de setembro.

Seria uma taxa um pouco mais alta do que o resultado de 3,60 reais apurado na pesquisa do mês passado, revisão surpreendentemente pequena após a moeda marcar sua maior alta mensal em três anos no mês passado. O dólar saltou 8,46 por cento em agosto.

Mas esse dado provavelmente não representa adequadamente o quanto os especialistas estão correndo para atualizar suas estimativas. O desvio padrão, uma medida de dispersão, atingiu o maior nível desde maio de 2016, época do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, superando um pico atingido em junho.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 2,18 bilhão de dólares do total de 9,801 bilhões de dólares que vence em outubro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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