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Dólar fecha em queda após bancos estrangeiros recomendarem compra de real

Anúncio alivia tensão entre os dois países, que vinha crescendo com ameaças de Donald Trump a empresas chinesas de tenologia

Dólar recua após China e EUA reafirmarem fase 1 do acordo comercial (Yegor AleyevTASS/Getty Images)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 25 de agosto de 2020 às 17h00.

Última atualização em 25 de agosto de 2020 às 17h45.

O dólar fechou em queda nesta terça-feira, 25, em mais uma sessão de alta volatilidade no mercado de câmbio. Depois de oscilar entre o campo positivo e o negativo por toda a manhã, a moeda americana firmou o movimento de baixa no período da tarde, encerrando com desvalorização de 1,2%, sendo vendido a 5,527 reais. Com variação semelhante, o dólar turismo fechou cotado a 5,83 reais.

Para Vanei Nagem, analista de câmbio da Terra Investimentos, a recomendação de compra de real por bancos estrangeiros foi fundamental para a desvalorização da moeda americana contra a brasileira. "O BNP Paribas, Bank of American e o JPMorgan falaram que o dólar está supervalorizado no Brasil", disse.

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Em relatório o BofA avaliou que o risco fiscal do Brasil é preocupante, mas que a "coalizão" do governo com o Congresso deve manter alguma prudência fiscal. O banco também acredita em uma melhora do ambiente político local, apesar de os temores sobre a condução fiscal tenham desvalorizado o real nas últimas semanas.

Ainda pela manhã, a cautela sobre a questão fiscal voltou a dar as caras, fazendo o dólar ser negociado em alta. A preocupação tem relação com o atraso na apresentação do pacote apelidado de "Big Bang" pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, por desentendimentos sobre o valor do auxílio emergencial. De acordo com a Folha de S. Paulo, o presidente Jair Bolsonaro queria que o valor do auxílio fosse de 300 reais, e Guedes, de 247 reais.

Na primeira parte do pregão, o dólar abriu em queda, logo após China e Estados Unidos reafirmarem o compromisso sobre o a primeira fase do acordo comercial. Segundo a secretaria de Comércio dos EUA, o governo americano e o chinês "estão comprometidos em adotar as medidas necessárias para garantir o sucesso do acordo".

O entendimento entre as duas partes representa um alívio das tensões comerciais, que vinham se avolumando com as ameaças do presidente Donald Trump contra empresas chinesas de tecnologia, como a ByteDance, do aplicativo Tik Tok,e a gigantesca Tencent, que tem produtos de grande popularidade nos EUA, como os games LOL e Fortnite e o aplicativo WeChat.

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