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Dólar sobe ante real com pesquisa eleitoral mostrando empate

Pesquisa eleitoral Vox Populi mostra pequena vantagem da presidente Dilma sobre o candidato do PSDB

Dólar: às 10h27, a moeda norte-americana subia 0,25% (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 11h15.

São Paulo - O dólar subia ante o real nesta terça-feira após pesquisa eleitoral Vox Populi mostrar pequena vantagem da presidente Dilma Rousseff (PT) sobre o candidato do PSDB, Aécio Neves, configurando empate técnico, cenário diferente ao indicado antes pela pesquisa Sensus, que mostrava o tucano na dianteira nas intenções de voto.

Pesava também o quadro global de aversão ao risco após a divulgação de números fracos sobre a economia europeia e que levavam a moeda norte-americana a subir frente ao euro e a outras divisas emergentes.

Às 10h27, a moeda norte-americana subia 0,25 por cento, a 2,3987 reais na venda. Na sessão passada, o dólar caiu 1,27 por cento após pesquisa Sensus mostrar ampla vantagem de Aécio sobre Dilma.

"A pesquisa (Vox Populi) veio na contramão do que o mercado esperava. Agora que os sinais estão menos consistentes, o mercado vai esperar Datafolha e Ibope para se posicionar com mais firmeza", afirmou o estrategista da Fator Corretora, Paulo Gala.

O levantamento, divulgado na noite passada, mostrou Dilma --cuja política econômica é alvo de críticas nos mercados financeiro-- com 51 por cento dos votos válidos, contra 49 por cento de Aécio. Como a margem de erro é de 2 pontos percentuais, os dois estão em empate técnico na disputa no segundo turno.

Novas pesquisas Datafolha e Ibope de intenções de voto devem ser divulgadas a partir desta quarta-feira.

O dólar também subia no exterior em meio às persistentes preocupações com a economia global, reforçadas nesta sessão por quedas inesperadamente fortes da produção industrial da zona do euro e da confiança do investidor alemão.

Nos mercados emergentes, contudo, a pressão no câmbio era menos intensa. Isso porque, diante do cenário de menor crescimento da economia global, parte do mercado acredita que o Federal Reserve, banco central norte-americano, pode demorar mais tempo para elevar a taxa de juros da maior economia do mundo e atrair recursos que estão alocados em outras praças, como a brasileira.

"É um quadro misto. Por um lado, a economia global preocupa e isso gera aversão a risco. Por outro, se o Fed demora para subir juros, isso é bom para mercados como o Brasil", explicou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

O dólar subia cerca de 0,8 por cento contra o euro nesta sessão, mas valorizava apenas em torno de 0,1 por cento contra os pesos chileno e mexicano.

Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, como parte das atuações diárias. Foram vendidos 2,3 mil contratos para 1º de junho e 1,7 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a 197,4 milhões de dólares.

O BC também fará nesta sessão mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 3 de novembro, que equivalem a 8,84 bilhões de dólares, com oferta de até 8 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 40 por cento do lote total. (Por Bruno Federowski; Edição de Patrícia Duarte)

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São Paulo - O dólar subia ante o real nesta terça-feira após pesquisa eleitoral Vox Populi mostrar pequena vantagem da presidente Dilma Rousseff (PT) sobre o candidato do PSDB, Aécio Neves, configurando empate técnico, cenário diferente ao indicado antes pela pesquisa Sensus, que mostrava o tucano na dianteira nas intenções de voto.

Pesava também o quadro global de aversão ao risco após a divulgação de números fracos sobre a economia europeia e que levavam a moeda norte-americana a subir frente ao euro e a outras divisas emergentes.

Às 10h27, a moeda norte-americana subia 0,25 por cento, a 2,3987 reais na venda. Na sessão passada, o dólar caiu 1,27 por cento após pesquisa Sensus mostrar ampla vantagem de Aécio sobre Dilma.

"A pesquisa (Vox Populi) veio na contramão do que o mercado esperava. Agora que os sinais estão menos consistentes, o mercado vai esperar Datafolha e Ibope para se posicionar com mais firmeza", afirmou o estrategista da Fator Corretora, Paulo Gala.

O levantamento, divulgado na noite passada, mostrou Dilma --cuja política econômica é alvo de críticas nos mercados financeiro-- com 51 por cento dos votos válidos, contra 49 por cento de Aécio. Como a margem de erro é de 2 pontos percentuais, os dois estão em empate técnico na disputa no segundo turno.

Novas pesquisas Datafolha e Ibope de intenções de voto devem ser divulgadas a partir desta quarta-feira.

O dólar também subia no exterior em meio às persistentes preocupações com a economia global, reforçadas nesta sessão por quedas inesperadamente fortes da produção industrial da zona do euro e da confiança do investidor alemão.

Nos mercados emergentes, contudo, a pressão no câmbio era menos intensa. Isso porque, diante do cenário de menor crescimento da economia global, parte do mercado acredita que o Federal Reserve, banco central norte-americano, pode demorar mais tempo para elevar a taxa de juros da maior economia do mundo e atrair recursos que estão alocados em outras praças, como a brasileira.

"É um quadro misto. Por um lado, a economia global preocupa e isso gera aversão a risco. Por outro, se o Fed demora para subir juros, isso é bom para mercados como o Brasil", explicou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

O dólar subia cerca de 0,8 por cento contra o euro nesta sessão, mas valorizava apenas em torno de 0,1 por cento contra os pesos chileno e mexicano.

Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, como parte das atuações diárias. Foram vendidos 2,3 mil contratos para 1º de junho e 1,7 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a 197,4 milhões de dólares.

O BC também fará nesta sessão mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 3 de novembro, que equivalem a 8,84 bilhões de dólares, com oferta de até 8 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 40 por cento do lote total. (Por Bruno Federowski; Edição de Patrícia Duarte)

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