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Dólar sobe acima de R$3,20 por exterior e cena política

Investidores temem golpes à credibilidade do país, que poderiam afastar investimentos do mercado local


	Dólar: nos mercados externos, o dólar também valorizava e chegou a atingir a máxima em três meses em relação a uma cesta de divisas
 (Ingram Publishing/ThinkStock)

Dólar: nos mercados externos, o dólar também valorizava e chegou a atingir a máxima em três meses em relação a uma cesta de divisas (Ingram Publishing/ThinkStock)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2015 às 11h46.

São Paulo - O dólar subia acima de 3,20 reais nesta segunda-feira, reagindo ao quadro político conturbado no Brasil e ao fortalecimento da divisa norte-americana em alguns mercados externos.

Às 10:21, o dólar avançava 0,82 por cento, a 3,2200 reais na venda, após subir mais de 1 por cento na sexta-feira, quando o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rompeu com o governo.

"Com poder suficiente para barrar e dificultar a aprovação das medidas de interesse do governo na casa, Cunha é figura central de uma batalha que poderá custar à presidente Dilma Rousseff a perda do mandato", escreveu o operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva em nota a clientes.

Investidores temem golpes à credibilidade do país, que poderiam afastar investimentos do mercado local. Nesse contexto, aguardavam o término da reunião de coordenação da presidente Dilma Rousseff em Brasília nesta manhã.

No fim de semana, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), elogiou Cunha e classificou o ajuste fiscal proposto pelo Executivo como "tacanho" e "insuficiente", em vídeo divulgado pela TV Senado.

Nos mercados externos, o dólar também valorizava e chegou a atingir a máxima em três meses em relação a uma cesta de divisas. A moeda norte-americana tem subido consistentemente nas últimas semanas, em meio a expectativas de que os juros devem subir ainda neste ano nos Estados Unidos, o que pode atrair para a economia do mundo recursos atualmente aplicados em países como o Brasil.

"Daqui para frente, a tendência é que o dólar suba em todo o mundo. A dúvida é o ritmo, se isso vai acontecer de pouco em pouco ou de uma vez", disse o operador de uma corretora nacional.

Mais tarde, o Banco Central dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em agosto, com oferta de até 6 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares. (Por Bruno Federowski; Edição de xx)

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