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Dólar sobe 2% ante real, ainda de olho nos swaps cambiais

Às 12h48, a moeda norte-americana subia 2,03 por cento, a 2,5808 reais na venda, perto da máxima da sessão

BC vem intervindo diariamente no câmbio desde agosto do ano passado para oferecer hedge cambial e limitar a volatilidade (Bay Ismoyo/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2014 às 12h22.

O dólar ampliava a alta e subia 2 por cento ante o real nesta sexta-feira, ainda refletindo as dúvidas sobre a continuidade do programa de vendas diárias de swap cambial no ano que vem, após o presidente do Banco Central , Alexandre Tombini, afirmar na véspera que o estoque de derivativos cambiais já atende à demanda por proteção.

Às 12h48, a moeda norte-americana subia 2,03 por cento, a 2,5808 reais na venda, perto da máxima da sessão. Na sessão passada, a divisa já havia reagido às declarações de Tombini, avançando 0,9 por cento.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 250 milhões de dólares.

"Se souber que não vai mais receber 4 mil swaps por dia no ano que vem, o investidor precisa se proteger em outros instrumentos e isso pressiona a cotação", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Em entrevista coletiva logo após o anúncio de que Tombini continuará como presidente do Banco Central no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, ele afirmou que o atual estoque de swaps cambiais --que na véspera equivalia a posição vendida de cerca de 105 bilhões de dólares-- "já atende de forma significativa" à demanda por proteção cambial da economia.

O BC vem intervindo diariamente no câmbio desde agosto do ano passado para oferecer hedge cambial e limitar a volatilidade. Atualmente, atua por meio de vendas diárias de até 4 mil swaps que devem continuar "pelo menos até o 31 de dezembro".

Se a autoridade monetária adotar a estratégia de manter esse estoque constante, como entendeu o mercado, poderia fazê-lo de duas maneiras diferentes: deixar de vender swaps diariamente e manter a rolagem integral, ou reduzir tanto a oferta diária quanto as rolagens.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps pelas rações diárias, com volume equivalente a 197,6 milhões de dólares. Foram vendidos 1,6 mil contratos para 1º de junho e 2,4 mil para 1º de setembro.

As dúvidas sobre o futuro do programa de swaps desviavam a atenção dos investidores em relação à próxima equipe econômica --que, além de Tombini, inclui Joaquim Levy e Nelson Barbosa-- e à decepção com o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

A economia brasileira cresceu 0,1 por cento no terceiro trimestre contra os três meses anteriores, saindo por muito pouco da recessão técnica. Economistas consultados pela Reuters esperavam crescimento de 0,3 por cento.

"O PIB é um indicador de como as coisas foram. O mercado quer saber qual vai ser a postura do governo daqui para frente", disse o economista-chefe da INVX Global, Eduardo Velho.

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O dólar ampliava a alta e subia 2 por cento ante o real nesta sexta-feira, ainda refletindo as dúvidas sobre a continuidade do programa de vendas diárias de swap cambial no ano que vem, após o presidente do Banco Central , Alexandre Tombini, afirmar na véspera que o estoque de derivativos cambiais já atende à demanda por proteção.

Às 12h48, a moeda norte-americana subia 2,03 por cento, a 2,5808 reais na venda, perto da máxima da sessão. Na sessão passada, a divisa já havia reagido às declarações de Tombini, avançando 0,9 por cento.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 250 milhões de dólares.

"Se souber que não vai mais receber 4 mil swaps por dia no ano que vem, o investidor precisa se proteger em outros instrumentos e isso pressiona a cotação", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Em entrevista coletiva logo após o anúncio de que Tombini continuará como presidente do Banco Central no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, ele afirmou que o atual estoque de swaps cambiais --que na véspera equivalia a posição vendida de cerca de 105 bilhões de dólares-- "já atende de forma significativa" à demanda por proteção cambial da economia.

O BC vem intervindo diariamente no câmbio desde agosto do ano passado para oferecer hedge cambial e limitar a volatilidade. Atualmente, atua por meio de vendas diárias de até 4 mil swaps que devem continuar "pelo menos até o 31 de dezembro".

Se a autoridade monetária adotar a estratégia de manter esse estoque constante, como entendeu o mercado, poderia fazê-lo de duas maneiras diferentes: deixar de vender swaps diariamente e manter a rolagem integral, ou reduzir tanto a oferta diária quanto as rolagens.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps pelas rações diárias, com volume equivalente a 197,6 milhões de dólares. Foram vendidos 1,6 mil contratos para 1º de junho e 2,4 mil para 1º de setembro.

As dúvidas sobre o futuro do programa de swaps desviavam a atenção dos investidores em relação à próxima equipe econômica --que, além de Tombini, inclui Joaquim Levy e Nelson Barbosa-- e à decepção com o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

A economia brasileira cresceu 0,1 por cento no terceiro trimestre contra os três meses anteriores, saindo por muito pouco da recessão técnica. Economistas consultados pela Reuters esperavam crescimento de 0,3 por cento.

"O PIB é um indicador de como as coisas foram. O mercado quer saber qual vai ser a postura do governo daqui para frente", disse o economista-chefe da INVX Global, Eduardo Velho.

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