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Dólar sobe 1% e volta a R$2,60 após Fed mostrar otimismo

Às 11h31, a moeda norte-americana subia 0,84 por cento, a 2,5985 reais na venda, chegando a bater 2,6055 reais da máxima da sessão

Às 11h31, a moeda norte-americana subia 0,84 por cento, a 2,5985 reais na venda, chegando a bater 2,6055 reais da máxima da sessão (FreeImage)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 10h52.

O dólar subia cerca de 1 por cento nesta quinta-feira e voltava ao patamar de 2,60 reais, em linha com o exterior, após o Federal Reserve reiterar na véspera o otimismo sobre a economia dos Estados Unidos, reforçando as apostas de que o banco central norte-americano deve elevar os juros ainda neste ano.

Às 11h31, a moeda norte-americana subia 0,84 por cento, a 2,5985 reais na venda, chegando a bater 2,6055 reais da máxima da sessão. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 90 milhões de dólares.

"Está claro que a economia dos Estados Unidos vai ter que parecer muito pior para que o Fed decida adiar a alta dos juros", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Ao fim da primeira reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do ano, o Fed informou na véspera em comunicado que a economia dos EUA está se expandindo em "ritmo sólido", com fortes ganhos do emprego.

O documento levou parte dos agentes financeiros reforçar a aposta de que a alta dos juros norte-americanos provavelmente virá neste ano. Nas últimas semana, vinha ganhando corpo nos mercados a expectativa de que isso poderia acontecer mais tarde, embora economistas consultados em pesquisas da Reuters não acreditassem nesse cenário e vissem o aumento em meados deste ano.

A alta dos juros na maior economia do mundo deve atrair para os EUA recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro, impactando o câmbio. Por isso, a divisa norte-americana se fortalecia contra as principais moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

No Brasil, o dólar voltava a superar o patamar de 2,60 reais, após romper esse nível de suporte na semana passada. As medidas de rigor fiscal adotadas pelo governo brasileiro e expectativas de liquidez abundante nos mercados globais graças aos estímulos monetários na zona do euro contribuíram para reduzir as cotações do dólar.

"Dá para imaginar o dólar girando em torno de 2,60 reais. Os fundamentos não sustentam uma queda muito maior do que isso", disse o operador de câmbio de um importante banco internacional.

Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade às atuações diárias vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram vendidos 200 contratos para 1º de setembro e 1.800 para 1º de dezembro, com volume correspondente a 98,4 milhões de dólares.

BC fará ainda aquele que deve ser o último leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de fevereiro, equivalentes a 10,405 bilhões de dólares, com oferta de até 10 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 89 por cento do lote total. (Por Bruno Federowski; Edição de Patrícia Duarte)

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O dólar subia cerca de 1 por cento nesta quinta-feira e voltava ao patamar de 2,60 reais, em linha com o exterior, após o Federal Reserve reiterar na véspera o otimismo sobre a economia dos Estados Unidos, reforçando as apostas de que o banco central norte-americano deve elevar os juros ainda neste ano.

Às 11h31, a moeda norte-americana subia 0,84 por cento, a 2,5985 reais na venda, chegando a bater 2,6055 reais da máxima da sessão. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 90 milhões de dólares.

"Está claro que a economia dos Estados Unidos vai ter que parecer muito pior para que o Fed decida adiar a alta dos juros", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Ao fim da primeira reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do ano, o Fed informou na véspera em comunicado que a economia dos EUA está se expandindo em "ritmo sólido", com fortes ganhos do emprego.

O documento levou parte dos agentes financeiros reforçar a aposta de que a alta dos juros norte-americanos provavelmente virá neste ano. Nas últimas semana, vinha ganhando corpo nos mercados a expectativa de que isso poderia acontecer mais tarde, embora economistas consultados em pesquisas da Reuters não acreditassem nesse cenário e vissem o aumento em meados deste ano.

A alta dos juros na maior economia do mundo deve atrair para os EUA recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro, impactando o câmbio. Por isso, a divisa norte-americana se fortalecia contra as principais moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

No Brasil, o dólar voltava a superar o patamar de 2,60 reais, após romper esse nível de suporte na semana passada. As medidas de rigor fiscal adotadas pelo governo brasileiro e expectativas de liquidez abundante nos mercados globais graças aos estímulos monetários na zona do euro contribuíram para reduzir as cotações do dólar.

"Dá para imaginar o dólar girando em torno de 2,60 reais. Os fundamentos não sustentam uma queda muito maior do que isso", disse o operador de câmbio de um importante banco internacional.

Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade às atuações diárias vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram vendidos 200 contratos para 1º de setembro e 1.800 para 1º de dezembro, com volume correspondente a 98,4 milhões de dólares.

BC fará ainda aquele que deve ser o último leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de fevereiro, equivalentes a 10,405 bilhões de dólares, com oferta de até 10 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 89 por cento do lote total. (Por Bruno Federowski; Edição de Patrícia Duarte)

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