Dólar sobe 1% ante real por mau humor na Bovespa
Alta foi influenciada por derretimento da Bovespa no mercado local
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2013 às 16h17.
São Paulo - O dólar acelerou a alta ante o real nesta terça-feira, chegando a subir mais de 1 %, movimento alinhado com o desempenho da moeda no mercado exterior, mas exacerbada pelo derretimento da Bovespa no mercado local.
O desempenho do mercado de câmbio ocorria também em resposta à forte queda da produção industrial brasileira em maio, colocando em dúvida a recuperação da economia e abrindo possibilidades de saídas de capital estrangeiro.
Às 15h40, o dólar estava em alta de 0,90 %, cotado a 2,2515 reais na venda, depois de chegar a 2,2543 reais na máxima do dia. O volume negociado no mercado, segundo dados da BM&F, estava em torno de 1,6 bilhão de dólares.
"O dólar está acompanhando o movimento internacional, mas está exagerado pelo mau humor na Bovespa", afirmou o economista-chefe do banco ABC Brasil, Luis Otávio de Souza Leal.
O IBovespa recuava quase 5 % nesta segunda-feira, tragado pelo amplo movimento de vendas generalizadas, com as empresas "X", do empresário Eike Batista, liderando as perdas.
Em mais um sinal de que a economia pode não estar se recuperando bem, a produção industrial no Brasil despencou 2 % em maio, bem abaixo das expectativas de analistas, puxada pelo tombo no segmento de bens de capital --uma leitura indicativa de investimentos.
"Os números da produção industrial não favoreceram e o mercado ficou um pouco nervoso. Esse resultado está mostrando que estamos em um novo patamar de PIB: o pibinho. E isso volta a pressionar o câmbio", afirmou o superintendente de câmbio da Intercam, Jaime Ferreira.
O resultado indica que o cenário apresentado pelo governo de recuperação gradual dos investimentos neste ano ainda não se materializou, na visão de Ferreira. E isso afugenta investidores de fora, que preferem se desfazer de posições em real, pressionando mais a cotação no câmbio.
No mercado externo, o dólar avança no exterior diante de novos dados sobre a maior economia do mundo sustentar a visão de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, vai reduzir o programa de estímulo monetário. Com isso, a divisa dos EUA atingiu o maior patamar em quatro semanas em relação ao euro e o maior em cinco semanas em relação a uma cesta de moedas.
Na sexta-feira será divulgado o relatório de empregos dos Estados Unidos, com a taxa de desemprego do país em junho.
Analistas consultados pela Reuters indicam que ela ficará em 7,5 %, um pouco menor do que os 7,6 % vistos no mês anterior.
O desemprego é uma das principais variáveis que o Fed está acompanhando para definir os próximos passos de sua política monetária.
São Paulo - O dólar acelerou a alta ante o real nesta terça-feira, chegando a subir mais de 1 %, movimento alinhado com o desempenho da moeda no mercado exterior, mas exacerbada pelo derretimento da Bovespa no mercado local.
O desempenho do mercado de câmbio ocorria também em resposta à forte queda da produção industrial brasileira em maio, colocando em dúvida a recuperação da economia e abrindo possibilidades de saídas de capital estrangeiro.
Às 15h40, o dólar estava em alta de 0,90 %, cotado a 2,2515 reais na venda, depois de chegar a 2,2543 reais na máxima do dia. O volume negociado no mercado, segundo dados da BM&F, estava em torno de 1,6 bilhão de dólares.
"O dólar está acompanhando o movimento internacional, mas está exagerado pelo mau humor na Bovespa", afirmou o economista-chefe do banco ABC Brasil, Luis Otávio de Souza Leal.
O IBovespa recuava quase 5 % nesta segunda-feira, tragado pelo amplo movimento de vendas generalizadas, com as empresas "X", do empresário Eike Batista, liderando as perdas.
Em mais um sinal de que a economia pode não estar se recuperando bem, a produção industrial no Brasil despencou 2 % em maio, bem abaixo das expectativas de analistas, puxada pelo tombo no segmento de bens de capital --uma leitura indicativa de investimentos.
"Os números da produção industrial não favoreceram e o mercado ficou um pouco nervoso. Esse resultado está mostrando que estamos em um novo patamar de PIB: o pibinho. E isso volta a pressionar o câmbio", afirmou o superintendente de câmbio da Intercam, Jaime Ferreira.
O resultado indica que o cenário apresentado pelo governo de recuperação gradual dos investimentos neste ano ainda não se materializou, na visão de Ferreira. E isso afugenta investidores de fora, que preferem se desfazer de posições em real, pressionando mais a cotação no câmbio.
No mercado externo, o dólar avança no exterior diante de novos dados sobre a maior economia do mundo sustentar a visão de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, vai reduzir o programa de estímulo monetário. Com isso, a divisa dos EUA atingiu o maior patamar em quatro semanas em relação ao euro e o maior em cinco semanas em relação a uma cesta de moedas.
Na sexta-feira será divulgado o relatório de empregos dos Estados Unidos, com a taxa de desemprego do país em junho.
Analistas consultados pela Reuters indicam que ela ficará em 7,5 %, um pouco menor do que os 7,6 % vistos no mês anterior.
O desemprego é uma das principais variáveis que o Fed está acompanhando para definir os próximos passos de sua política monetária.