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Escalada perde força durante o dia e dólar fecha a R$ 3,52

O dólar fechou em alta após o presidente em exercício da Câmara suspender o impeachment contra a presidente Dilma

Dólar: dólar já subia antes da notícia de suspensão do impeachment (Gary Cameron/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2016 às 17h29.

São Paulo -  O dólar fechou em alta nesta segunda-feira, após o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), suspender o impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, mas bem longe das máximas do dia após o Senado manter a tramitação do processo na Casa.

O dólar já subia antes da notícia, acompanhando o exterior em meio a receios com a desaceleração da economia chinesa. Mais uma vez, o Banco Central não anunciou intervenção no mercado de câmbio.

O dólar avançou 0,63 por cento, a 3,5249 reais na venda, após chegar a 3,6767 reais na máxima desta sessão, em alta de quase 5 por cento. O dólar futuro avançava cerca de 0,6 por cento no fim da tarde.

"Hoje tivemos um ensaio do que poderia acontecer se o impeachment não passar", disse o superintendente de câmbio da corretora Correparti, Ricardo Gomes da Silva.

Maranhão suspendeu a sessão de votação do processo de impeachment contra a presidente Dilma na Câmara citando "vícios" que a tornaram nula, e convocou nova sessão para votar o pedido de impedimento. O deputado disse ainda que já solicitou ao Senado que devolva o processo à Câmara e que a nova votação será realizada na prazo de cinco sessões após a devolução do processo pelo Senado.

No entanto, no fim da tarde, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), manteve a tramitação do impeachment na Casa. Antes disso, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), presidente da comissão especial do impeachment no Senado havia dito que a decisão de Maranhão era equivocada e que após ter protocolado a denúncia no Senado, a Câmara perdeu qualquer ingerência sobre o processo.

Está marcada para esta quarta-feira a votação pelo Senado do afastamento temporário de Dilma e, caso seja aprovado, ela seria afastada do cargo por até 180 dias e o vice Michel Temer assumiria a Presidência interinamente. Temer já indicou o ex-presidente do BC Henrique Meirelles como seu ministro da Fazenda, o que tem agradado o mercado.

O dólar já subia ante o real pela manhã, em linha com o cenário externo após dados da China mostrarem que a exportações e importações do país caíram mais do que o esperado em abril, ressaltando a demanda fraca internamente e no exterior e esfriando expectativas de recuperação da segunda maior economia do mundo.

O dólar subia frente aos pesos mexicano e chileno, além de avançar em relação a uma cesta de moedas.

O BC não realizou leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares, nesta sessão. Muitos operadores consideram o patamar de 3,50 reais como o piso que a autoridade monetária tentaria defender. O BC atuou no início da semana passada, mas está ausente do mercado desde quarta-feira.

Texto atualizado às 17h20

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São Paulo -  O dólar fechou em alta nesta segunda-feira, após o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), suspender o impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, mas bem longe das máximas do dia após o Senado manter a tramitação do processo na Casa.

O dólar já subia antes da notícia, acompanhando o exterior em meio a receios com a desaceleração da economia chinesa. Mais uma vez, o Banco Central não anunciou intervenção no mercado de câmbio.

O dólar avançou 0,63 por cento, a 3,5249 reais na venda, após chegar a 3,6767 reais na máxima desta sessão, em alta de quase 5 por cento. O dólar futuro avançava cerca de 0,6 por cento no fim da tarde.

"Hoje tivemos um ensaio do que poderia acontecer se o impeachment não passar", disse o superintendente de câmbio da corretora Correparti, Ricardo Gomes da Silva.

Maranhão suspendeu a sessão de votação do processo de impeachment contra a presidente Dilma na Câmara citando "vícios" que a tornaram nula, e convocou nova sessão para votar o pedido de impedimento. O deputado disse ainda que já solicitou ao Senado que devolva o processo à Câmara e que a nova votação será realizada na prazo de cinco sessões após a devolução do processo pelo Senado.

No entanto, no fim da tarde, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), manteve a tramitação do impeachment na Casa. Antes disso, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), presidente da comissão especial do impeachment no Senado havia dito que a decisão de Maranhão era equivocada e que após ter protocolado a denúncia no Senado, a Câmara perdeu qualquer ingerência sobre o processo.

Está marcada para esta quarta-feira a votação pelo Senado do afastamento temporário de Dilma e, caso seja aprovado, ela seria afastada do cargo por até 180 dias e o vice Michel Temer assumiria a Presidência interinamente. Temer já indicou o ex-presidente do BC Henrique Meirelles como seu ministro da Fazenda, o que tem agradado o mercado.

O dólar já subia ante o real pela manhã, em linha com o cenário externo após dados da China mostrarem que a exportações e importações do país caíram mais do que o esperado em abril, ressaltando a demanda fraca internamente e no exterior e esfriando expectativas de recuperação da segunda maior economia do mundo.

O dólar subia frente aos pesos mexicano e chileno, além de avançar em relação a uma cesta de moedas.

O BC não realizou leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares, nesta sessão. Muitos operadores consideram o patamar de 3,50 reais como o piso que a autoridade monetária tentaria defender. O BC atuou no início da semana passada, mas está ausente do mercado desde quarta-feira.

Texto atualizado às 17h20
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