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Dólar segue o mercado de câmbio no exterior

A moeda americana tem valorização, mas essa recuperação ainda não é firme e os investidores estão de olho no desenrolar dos fatos

Notas de dólar (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de março de 2012 às 10h29.

São Paulo - O mercado internacional começou o dia ajudando o governo brasileiro a controlar a valorização excessiva do real. Apesar de o dólar iniciar os negócios no Brasil em queda de 0,35% no balcão, às 10h15 já apresentava alta de 0,17% a R$ 1,736. Essa recuperação ainda não é firme e os investidores estão de olho no desenrolar dos fatos do dia.

Na semana passada, diante da realização do leilão do Banco Central Europeu (BCE), que injetou mais de 529 bilhões de euros no mercado, a equipe econômica intensificou sua ação no mercado, tanto por meio de mais leilões de compra de dólares feitos pelo Banco Central (BC), quanto por mudanças nas regras do mercado de câmbio promovidas pelo Ministério da Fazenda. Os analistas consideraram os efeitos pontuais e os investidores reforçaram a avaliação de que as intervenções serão repetidas, se houver necessidade.

E a percepção é de que ela surgirá mais cedo ou mais tarde. "Ainda há fluxo positivo e o cenário de queda do dólar permanece, mas o governo está atento e com as medidas já tomadas não dá para especular muito. Hoje, o combate à alta do real está sendo ajudado pelo ambiente externo e as cotações não devem oscilar muito na abertura", disse um experiente operador. Ele acrescentou, no entanto, que os investidores estão sensíveis e pode haver mudanças repentinas de humor nos mercados.

Às 9h50, o dólar index mostrava queda de 0,03%, depois de subir um pouco antes. Nesse mesmo horário, o euro era negociado a US$ 1,3207, ante US$ 1,3198 no final da tarde de sexta-feira, em Nova York. Diante das moedas emergentes, o dólar mostrava-se mais forte nesse mesmo horário, embora já tivesse perdido um pouco o vigor. O dólar norte-americano subia 0,41% em relação ao dólar australiano, 0,35% em comparação ao dólar canadense e 0,70% ante o dólar neozelandês.

Lá fora, o mercado parece tenso com a falta de novidades positivas e a extensa agenda que tem pela frente, no decorrer desta semana. Para os próximos dias tem de tudo - números de emprego nos EUA, atividade na Europa, inflação na China e decisão sobre a taxa básica de juros no Brasil - mas o ápice será na quinta-feira, com o fim do prazo de adesão à troca da dívida da Grécia. Hoje, as emoções adicionais vêm da China, que determinou uma meta de crescimento para 2012 no nível mais baixo em oito anos. Isso alimenta as preocupações com a recuperação global, já que o gigante asiático continua sendo visto como um dos motores da retomada econômica. Além disso, saiu o índice PMI do setor de serviços na zona do euro, que caiu mais que o esperado.


O outro evento de destaque nesta segunda-feira é a reunião dos presidentes dos Bancos Centrais, na Basileia. Segundo o enviado especial do Grupo Estado, Jamil Chade, na agenda da reunião há pelo menos dois pontos que são destaque: a situação dos países endividados da Europa e o resgate grego, além da necessidade de coordenação das intervenções de bancos centrais nas diversas economias.

Representantes do países emergentes têm declarado sua frustração em relação à atitude dos BCs dos países ricos de agir sem consultá-los. Porém, não estão previstas entrevistas oficiais ao final do encontro.

Já a presidente Dilma Rousseff está na Alemanha de onde desautorizou toda e qualquer declaração sobre política monetária que não venha do Banco Central. A bronca foi dada quando pediram que Dilma comentasse as declarações feitas pelo secretário especial de Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia. Ontem, ele disse que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziria a Selic moderadamente e, hoje, isso é comentado pelo mercado de juros. A conferir.

São Paulo - O mercado internacional começou o dia ajudando o governo brasileiro a controlar a valorização excessiva do real. Apesar de o dólar iniciar os negócios no Brasil em queda de 0,35% no balcão, às 10h15 já apresentava alta de 0,17% a R$ 1,736. Essa recuperação ainda não é firme e os investidores estão de olho no desenrolar dos fatos do dia.

Na semana passada, diante da realização do leilão do Banco Central Europeu (BCE), que injetou mais de 529 bilhões de euros no mercado, a equipe econômica intensificou sua ação no mercado, tanto por meio de mais leilões de compra de dólares feitos pelo Banco Central (BC), quanto por mudanças nas regras do mercado de câmbio promovidas pelo Ministério da Fazenda. Os analistas consideraram os efeitos pontuais e os investidores reforçaram a avaliação de que as intervenções serão repetidas, se houver necessidade.

E a percepção é de que ela surgirá mais cedo ou mais tarde. "Ainda há fluxo positivo e o cenário de queda do dólar permanece, mas o governo está atento e com as medidas já tomadas não dá para especular muito. Hoje, o combate à alta do real está sendo ajudado pelo ambiente externo e as cotações não devem oscilar muito na abertura", disse um experiente operador. Ele acrescentou, no entanto, que os investidores estão sensíveis e pode haver mudanças repentinas de humor nos mercados.

Às 9h50, o dólar index mostrava queda de 0,03%, depois de subir um pouco antes. Nesse mesmo horário, o euro era negociado a US$ 1,3207, ante US$ 1,3198 no final da tarde de sexta-feira, em Nova York. Diante das moedas emergentes, o dólar mostrava-se mais forte nesse mesmo horário, embora já tivesse perdido um pouco o vigor. O dólar norte-americano subia 0,41% em relação ao dólar australiano, 0,35% em comparação ao dólar canadense e 0,70% ante o dólar neozelandês.

Lá fora, o mercado parece tenso com a falta de novidades positivas e a extensa agenda que tem pela frente, no decorrer desta semana. Para os próximos dias tem de tudo - números de emprego nos EUA, atividade na Europa, inflação na China e decisão sobre a taxa básica de juros no Brasil - mas o ápice será na quinta-feira, com o fim do prazo de adesão à troca da dívida da Grécia. Hoje, as emoções adicionais vêm da China, que determinou uma meta de crescimento para 2012 no nível mais baixo em oito anos. Isso alimenta as preocupações com a recuperação global, já que o gigante asiático continua sendo visto como um dos motores da retomada econômica. Além disso, saiu o índice PMI do setor de serviços na zona do euro, que caiu mais que o esperado.


O outro evento de destaque nesta segunda-feira é a reunião dos presidentes dos Bancos Centrais, na Basileia. Segundo o enviado especial do Grupo Estado, Jamil Chade, na agenda da reunião há pelo menos dois pontos que são destaque: a situação dos países endividados da Europa e o resgate grego, além da necessidade de coordenação das intervenções de bancos centrais nas diversas economias.

Representantes do países emergentes têm declarado sua frustração em relação à atitude dos BCs dos países ricos de agir sem consultá-los. Porém, não estão previstas entrevistas oficiais ao final do encontro.

Já a presidente Dilma Rousseff está na Alemanha de onde desautorizou toda e qualquer declaração sobre política monetária que não venha do Banco Central. A bronca foi dada quando pediram que Dilma comentasse as declarações feitas pelo secretário especial de Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia. Ontem, ele disse que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziria a Selic moderadamente e, hoje, isso é comentado pelo mercado de juros. A conferir.

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