Dólar perde força após encontro do Fed, mas sobe 0,81%
Durante o dia, o dólar oscilou entre a mínima de R$ 2,2340 e a máxima de R$ 2,26, sempre em alta. No fim, terminou a R$ 2,2480
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2014 às 17h32.
São Paulo - A reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed - banco central norte-americano) foi o principal destaque desta quarta-feira, 30, e decisivo para o comportamento do dólar no fechamento da sessão.
Depois que o Fomc manteve inalterada sua taxa básica de juros entre zero e 0,25% e cortou em mais US$ 10 bilhões a compra mensal de bônus, a moeda norte-americana, que vinha em alta, perdeu um pouco de força.
A decisão do Fed veio em linha com o que era esperado, apesar das apostas de última hora de que poderia haver algum sinal sobre antecipação de aumento de juros após a divulgação do PIB do país.
No segundo trimestre, a maior economia do planeta exibiu expansão de 4%, ante previsão de alta de 3%, o que gerou especulação sobre o início do processo de alta da taxa de juros em um prazo mais próximo.
O dólar acompanhou bem de perto a agenda norte-americana. Quando saíram os dados da ADP, pela manhã, a moeda perdeu força em meio a números abaixo da previsão.
A criação de vagas no mercado privado somou 218 mil em julho, ante previsão de 238 mil, levando a alta do dólar a recuar um pouco lá fora e no Brasil.
O dado seguinte foi o PIB, e a reação foi justamente a contrária. A moeda esticou depois da expansão acima das projeções, renovando máximas.
Durante o dia, o dólar oscilou entre a mínima de R$ 2,2340 e a máxima de R$ 2,26, sempre em alta. No fim, terminou em +0,81%, a R$ 2,2480.
Hoje era dia de fluxo cambial e os números apenas reforçaram o viés positivo dado à moeda pelo exterior.
O Banco Central anunciou que o fluxo em julho está negativo em US$ 4,680 bilhões.
No ano até 25 de julho, o fluxo também está no vermelho, em US$ 534 milhões, enquanto na semana entre 21 e 25 a saída superou a entrada em US$ 641,3 milhões.
O quadro todo congelou à tarde, após o resultado do encontro do Fomc, que não trouxe alterações na rota até então traçada e esperada pelo mercado.
A moeda teve pouca oscilação até o final, ficando na casa de R$ 2,24.
No mercado futuro, o dólar para agosto operava, às 16h48, em alta de 0,65%, a R$ 2,2485.