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Dólar opera perto da estabilidade, após chegar a cair 1%

Às 10h54, a moeda norte-americana tinha leve alta de 0,04%, a 3,4991, após superar na véspera 3,5 reais no intradia e fechar com alta de mais de 1,5%

Dólares: na mínima desta sessão, a divisa dos Estados Unidos chegou a recuar mais de 1 por cento, a 3,4460 reais (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2015 às 15h49.

O dólar operava perto da estabilidade frente ao real nesta quarta-feira, após chegar a cair mais de 1 por cento no início da sessão, com investidores comprando divisas em meio a um cenário de cautela em relação ao quadro político e econômico no Brasil.

Mais cedo, a moeda norte-americana recuou com firmeza após Moody's atribuir perspectiva "estável" à nota de crédito do Brasil, sinalizando que o país não deve perder sua classificação de bom pagador em breve mesmo após a agência de risco rebaixá-lo ao último degrau antes do grau especulativo.

Às 10h54, a moeda norte-americana tinha leve alta de 0,04 por cento, a 3,4991, após superar na véspera 3,5 reais no intradia e fechar com alta de mais de 1,5 por cento.

Na mínima desta sessão, a divisa dos Estados Unidos chegou a recuar mais de 1 por cento, a 3,4460 reais.

"O mercado está bem cauteloso, ainda. Toda vez que (o dólar) cair bastante, o mercado vai aproveitar e comprar um pouco", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Ele lembrou os recentes atritos entre o Legislativo e o Executivo, que vêm injetando volatilidade nos mercados nas últimas semanas.

Na véspera, a presidente Dilma Rousseff recebeu bem as propostas do presidente do Senado, Renan Calheiros, para enfrentar a crise econômica, mas o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, reagiu e criticou a estratégia do governo de concentrar no Senado os esforços de reconstrução de sua base de apoio.

Após o fechamento dos mercados na sessão passada, a Moody's piorou o rating do Brasil para "Baa3", contra "Baa2", igualando-se à classificação da Standard & Poor's.

A S&P, no entanto, atribui perspectiva "negativa" à nota, o que havia corroborado as apostas de que a Moody's faria o mesmo ou poderia até mesmo rebaixar o país diretamente para o grau especulativo.

"Boa parte do mercado já esperava que a Moody's rebaixasse o Brasil, mas a maioria imaginava que a perspectiva seria 'negativa'", explicou o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca.

Nos mercados internacionais, a moeda norte-americana revertia parte do avanço da véspera, que veio após a China surpreender os mercados ao desvalorizar sua moeda.

Nesta sessão, no entanto, predominava a interpretação de que a alta do dólar pode servir de entrave à recuperação dos EUA, levando o Fed a pensar duas vezes antes de elevar os juros no mês que vem.

O Scotiabank ressaltou em nota a clientes "preocupações fundamentais sobre o momento e o tamanho da normalização da política monetária do Fed à luz dos riscos ao crescimento e à inflação globais".

Ainda nesta manhã, o Banco Central brasileiro dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em setembro, com oferta de até 11 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

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O dólar operava perto da estabilidade frente ao real nesta quarta-feira, após chegar a cair mais de 1 por cento no início da sessão, com investidores comprando divisas em meio a um cenário de cautela em relação ao quadro político e econômico no Brasil.

Mais cedo, a moeda norte-americana recuou com firmeza após Moody's atribuir perspectiva "estável" à nota de crédito do Brasil, sinalizando que o país não deve perder sua classificação de bom pagador em breve mesmo após a agência de risco rebaixá-lo ao último degrau antes do grau especulativo.

Às 10h54, a moeda norte-americana tinha leve alta de 0,04 por cento, a 3,4991, após superar na véspera 3,5 reais no intradia e fechar com alta de mais de 1,5 por cento.

Na mínima desta sessão, a divisa dos Estados Unidos chegou a recuar mais de 1 por cento, a 3,4460 reais.

"O mercado está bem cauteloso, ainda. Toda vez que (o dólar) cair bastante, o mercado vai aproveitar e comprar um pouco", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Ele lembrou os recentes atritos entre o Legislativo e o Executivo, que vêm injetando volatilidade nos mercados nas últimas semanas.

Na véspera, a presidente Dilma Rousseff recebeu bem as propostas do presidente do Senado, Renan Calheiros, para enfrentar a crise econômica, mas o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, reagiu e criticou a estratégia do governo de concentrar no Senado os esforços de reconstrução de sua base de apoio.

Após o fechamento dos mercados na sessão passada, a Moody's piorou o rating do Brasil para "Baa3", contra "Baa2", igualando-se à classificação da Standard & Poor's.

A S&P, no entanto, atribui perspectiva "negativa" à nota, o que havia corroborado as apostas de que a Moody's faria o mesmo ou poderia até mesmo rebaixar o país diretamente para o grau especulativo.

"Boa parte do mercado já esperava que a Moody's rebaixasse o Brasil, mas a maioria imaginava que a perspectiva seria 'negativa'", explicou o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca.

Nos mercados internacionais, a moeda norte-americana revertia parte do avanço da véspera, que veio após a China surpreender os mercados ao desvalorizar sua moeda.

Nesta sessão, no entanto, predominava a interpretação de que a alta do dólar pode servir de entrave à recuperação dos EUA, levando o Fed a pensar duas vezes antes de elevar os juros no mês que vem.

O Scotiabank ressaltou em nota a clientes "preocupações fundamentais sobre o momento e o tamanho da normalização da política monetária do Fed à luz dos riscos ao crescimento e à inflação globais".

Ainda nesta manhã, o Banco Central brasileiro dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em setembro, com oferta de até 11 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

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