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Dólar futuro sobe ante o real após abrir em queda

Os negócios com câmbio futuro na BM&FBovespa abriram na manhã desta segunda-feira com o dólar para julho de 2012 em baixa, cotado a R$ 2,0440

Notas de dólar (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2012 às 10h58.

São Paulo - O dólar deve continuar sensível esta semana à deterioração das perspectivas sobre o crescimento global e às possíveis ações dos bancos centrais voltadas a estimular a economia dos países.

Os negócios com câmbio futuro na BM&FBovespa abriram na manhã desta segunda-feira com o dólar para julho de 2012 em baixa, cotado a R$ 2,0440 (-0,32%). Em seguida, esse vencimento da moeda atingiu a mínima de R$ 2,0435 (-0,34%) e, depois, zerou as perdas e testou uma máxima de R$ 2,0535 (+0,15%) às 9h17.

Diante das persistentes incertezas externas, há grande expectativa no mercado local sobre eventual retorno do Banco Central ao mercado de câmbio, com oferta eventual de swap cambial (venda de moeda no mercado futuro) no primeiro momento.

No entanto, as especulações em torno da necessidade de novas medidas de estímulo por parte do Federal Reserve Bank norte-americano podem voltar a pressionar o dólar para baixo no exterior, com potencial impacto sobre os preços locais. De outro lado, eventuais medidas das autoridades europeias a fim de evitar um agravamento ainda maior da crise no bloco econômico poderão dar impulso ao euro.

Às 9h11, o euro estava em US$ 1,2442, ante US$ 1,2435 no fim da tarde de sexta-feira. O dólar também exibia leve perda ante moedas de outros países exportadores de commodities, como o dólar australiano (-0,08%) e o dólar canadense (-0,02%), enquanto subia 0,62% diante do dólar neozelandês.

As atenções dos investidores estarão voltadas esta semana para a reunião de política monetária do Banco Central Europeu, na quarta-feira, quando também será anunciado o índice de inflação oficial brasileiro, o IPCA de maio. Com a queda da inflação aos produtores da zona do euro em abril ante abril do ano passado, em mais um sinal de que as pressões inflacionárias estão perdendo força, cresce a chance de o BCE agir para impulsionar o crescimento.

Segundo dados da Eurostat, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) ficou estável em abril ante março e subiu 2,6% ante abril de 2011. O juro básico na zona do euro está em 1% ao ano desde dezembro e poderia ser reduzido esta semana, de acordo com expectativas dos investidores.


Durante o feriado de Corpus Christi no Brasil, na quinta-feira, também haverá uma audiência do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, e o encontro do Banco da Inglaterra, que poderão afetar a abertura dos mercados por aqui na sexta-feira - mesmo dia em que sairá a ata da última reunião do Copom.

Após o PIB fraco do primeiro trimestre no país, o mercado tende a ampliar suas apostas na continuidade do ciclo de cortes da taxa Selic com possível elevação paralela do dólar.

De todo modo, as esperas pelas eleições legislativas na França, no próximo fim de semana, e também na Grécia no dia 17 de junho, além da próxima reunião do Federal Reserve, nos dias 19 e 20, devem manter os mercados apreensivos e voláteis.

São Paulo - O dólar deve continuar sensível esta semana à deterioração das perspectivas sobre o crescimento global e às possíveis ações dos bancos centrais voltadas a estimular a economia dos países.

Os negócios com câmbio futuro na BM&FBovespa abriram na manhã desta segunda-feira com o dólar para julho de 2012 em baixa, cotado a R$ 2,0440 (-0,32%). Em seguida, esse vencimento da moeda atingiu a mínima de R$ 2,0435 (-0,34%) e, depois, zerou as perdas e testou uma máxima de R$ 2,0535 (+0,15%) às 9h17.

Diante das persistentes incertezas externas, há grande expectativa no mercado local sobre eventual retorno do Banco Central ao mercado de câmbio, com oferta eventual de swap cambial (venda de moeda no mercado futuro) no primeiro momento.

No entanto, as especulações em torno da necessidade de novas medidas de estímulo por parte do Federal Reserve Bank norte-americano podem voltar a pressionar o dólar para baixo no exterior, com potencial impacto sobre os preços locais. De outro lado, eventuais medidas das autoridades europeias a fim de evitar um agravamento ainda maior da crise no bloco econômico poderão dar impulso ao euro.

Às 9h11, o euro estava em US$ 1,2442, ante US$ 1,2435 no fim da tarde de sexta-feira. O dólar também exibia leve perda ante moedas de outros países exportadores de commodities, como o dólar australiano (-0,08%) e o dólar canadense (-0,02%), enquanto subia 0,62% diante do dólar neozelandês.

As atenções dos investidores estarão voltadas esta semana para a reunião de política monetária do Banco Central Europeu, na quarta-feira, quando também será anunciado o índice de inflação oficial brasileiro, o IPCA de maio. Com a queda da inflação aos produtores da zona do euro em abril ante abril do ano passado, em mais um sinal de que as pressões inflacionárias estão perdendo força, cresce a chance de o BCE agir para impulsionar o crescimento.

Segundo dados da Eurostat, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) ficou estável em abril ante março e subiu 2,6% ante abril de 2011. O juro básico na zona do euro está em 1% ao ano desde dezembro e poderia ser reduzido esta semana, de acordo com expectativas dos investidores.


Durante o feriado de Corpus Christi no Brasil, na quinta-feira, também haverá uma audiência do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, e o encontro do Banco da Inglaterra, que poderão afetar a abertura dos mercados por aqui na sexta-feira - mesmo dia em que sairá a ata da última reunião do Copom.

Após o PIB fraco do primeiro trimestre no país, o mercado tende a ampliar suas apostas na continuidade do ciclo de cortes da taxa Selic com possível elevação paralela do dólar.

De todo modo, as esperas pelas eleições legislativas na França, no próximo fim de semana, e também na Grécia no dia 17 de junho, além da próxima reunião do Federal Reserve, nos dias 19 e 20, devem manter os mercados apreensivos e voláteis.

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