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Dólar forte prejudica alguns estados brasileiros, diz Fitch

A agência afirmou que a queda do real, principalmente em relação ao dólar, é um risco para muitos estados e pode se tornar um fardo financeiro adicional

Dólar: "os Estados com montantes maiores de dívida externa são os mais expostos", diz a Fitch (Karen Bleier/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de março de 2015 às 17h43.

São Paulo - A agência de classificação de riscos Fitch afirmou que a queda do real, principalmente em relação ao dólar norte-americano, é um risco para muitos Estados do Brasil e pode se tornar um fardo financeiro adicional no país.

"Os Estados com montantes maiores de dívida externa são os mais expostos e seus ratings podem ser pressionados no médio prazo. Contudo, alguns Estados podem se beneficiar de vários detalhes importantes", afirmou a entidade em relatório.

De acordo com a Fitch, a força do dólar, restrições fiscais locais e previsões ruins para a economia brasileira deverão pressionar ainda mais o baixo nível de investimento.

"Daqui para frente, a proposta federal de ajuste fiscal impediria Estados de tomar alguns tipos de empréstimos do governo federal. Apesar de ser totalmente garantida pelo governo federal, a exposição em moeda estrangeira não é contada em mecanismos de hedge", disse.

Por outro lado, a agência disse que todos os perfis de crédito de Estados se beneficiam do apoio implícito dos termos de gestão de dívida do governo federal do Brasil. Além disso, alguns Estados têm a opção de pagar dívida externa com linha de crédito oferecida pelo Banco do Brasil em reais.

Alguns Estados também ligam indiretamente receita com impostos a exportações e royalties em dólar, citou a agência. As linhas de crédito em dólar em circulação ainda são mais atraentes do que as dívidas originais que eles refinanciaram, contanto que o real não se deprecie mais.

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São Paulo - A agência de classificação de riscos Fitch afirmou que a queda do real, principalmente em relação ao dólar norte-americano, é um risco para muitos Estados do Brasil e pode se tornar um fardo financeiro adicional no país.

"Os Estados com montantes maiores de dívida externa são os mais expostos e seus ratings podem ser pressionados no médio prazo. Contudo, alguns Estados podem se beneficiar de vários detalhes importantes", afirmou a entidade em relatório.

De acordo com a Fitch, a força do dólar, restrições fiscais locais e previsões ruins para a economia brasileira deverão pressionar ainda mais o baixo nível de investimento.

"Daqui para frente, a proposta federal de ajuste fiscal impediria Estados de tomar alguns tipos de empréstimos do governo federal. Apesar de ser totalmente garantida pelo governo federal, a exposição em moeda estrangeira não é contada em mecanismos de hedge", disse.

Por outro lado, a agência disse que todos os perfis de crédito de Estados se beneficiam do apoio implícito dos termos de gestão de dívida do governo federal do Brasil. Além disso, alguns Estados têm a opção de pagar dívida externa com linha de crédito oferecida pelo Banco do Brasil em reais.

Alguns Estados também ligam indiretamente receita com impostos a exportações e royalties em dólar, citou a agência. As linhas de crédito em dólar em circulação ainda são mais atraentes do que as dívidas originais que eles refinanciaram, contanto que o real não se deprecie mais.

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