Dólar fecha no maior nível em 2 meses ante real
Solução para o Chipre ainda preocupa investidores e perspectiva de atuação do BC contém volatilidade da moeda norte-americana
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2013 às 17h56.
Por São Paulo- O dólar encerrou no maior nível frente ao real desde o fim de janeiro, sob influência de fluxos pontuais de saída. A alta da moeda norte-americana ganhou fôlego no final do pregão, mas foi contida pela possibilidade de intervenção do Banco Central no mercado.
O dólar subiu 0,23 %, para 2,0166 reais na venda, maior cotação desde 25 de janeiro, quando a divisa encerrou a 2,0320 reais na venda.
"Esse movimento é fluxo de mercado, nada muito além disso.
Tem muita gente comprando, alguns movimentos de importação", afirmou o diretor de novos negócios da Advanced Corretora, Ricardo Moraes.
O dólar tem sido negociado acima de 2 reais desde quinta-feira, frustrando investidores que previam que o BC atuaria no mercado para trazer a moeda de volta para a suposta banda informal de 1,95 a 2 reais. Parte do mercado acredita que a autoridade favoreceria um real mais fortalecido para controlar pressões inflacionárias.
A recente alta da moeda norte-americana ocorreu durante um período de maior aversão ao risco nos mercados internacionais, resultado de uma crise financeira no Chipre.
Para receber um resgate de 10 bilhões de euros da União Europeia, a pequena ilha do Mediterrâneo precisou fechar o segundo maior banco do país e impor fortes perdas a grandes correntistas. Investidores agora temem que este modelo seja usado em outras situações de crise na zona do euro.
Apesar da alta recente, muitos analistas afirmam que as cotações do dólar tendem a recuar, uma vez que um possível aumento nos juros básicos brasileiros pode tornar o país mais atraente para capitais estrangeiros. Além disso, fluxos provenientes das safras de commodities agrícolas devem ganhar força nos próximos meses. https://exame.com/noticias-sobre/dolar
"Os fundamentos não mudaram, a tendência ainda é de baixa", disse o operador de câmbio da Intercam Glauber Romano.
Se essas expectativas se confirmarem, a autoridade monetária não teria de intervir, e o dólar caminharia para níveis mais baixos naturalmente.
Entretanto, dados divulgados pelo BC têm mostrado forte saída de dólares da economia brasileira. Em março, o fluxo cambial ficou negativo em 726 milhões de dólares, até o dia 20.
Para o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, isso deve levar o mercado a testar níveis ainda mais altos para o dólar, possivelmente motivando uma intervenção do BC.
"Se houver essa pressão sem o cenário externo estar conturbado, é bem provável que ele (BC) entre nos mercados", disse Galhardo.
Por São Paulo- O dólar encerrou no maior nível frente ao real desde o fim de janeiro, sob influência de fluxos pontuais de saída. A alta da moeda norte-americana ganhou fôlego no final do pregão, mas foi contida pela possibilidade de intervenção do Banco Central no mercado.
O dólar subiu 0,23 %, para 2,0166 reais na venda, maior cotação desde 25 de janeiro, quando a divisa encerrou a 2,0320 reais na venda.
"Esse movimento é fluxo de mercado, nada muito além disso.
Tem muita gente comprando, alguns movimentos de importação", afirmou o diretor de novos negócios da Advanced Corretora, Ricardo Moraes.
O dólar tem sido negociado acima de 2 reais desde quinta-feira, frustrando investidores que previam que o BC atuaria no mercado para trazer a moeda de volta para a suposta banda informal de 1,95 a 2 reais. Parte do mercado acredita que a autoridade favoreceria um real mais fortalecido para controlar pressões inflacionárias.
A recente alta da moeda norte-americana ocorreu durante um período de maior aversão ao risco nos mercados internacionais, resultado de uma crise financeira no Chipre.
Para receber um resgate de 10 bilhões de euros da União Europeia, a pequena ilha do Mediterrâneo precisou fechar o segundo maior banco do país e impor fortes perdas a grandes correntistas. Investidores agora temem que este modelo seja usado em outras situações de crise na zona do euro.
Apesar da alta recente, muitos analistas afirmam que as cotações do dólar tendem a recuar, uma vez que um possível aumento nos juros básicos brasileiros pode tornar o país mais atraente para capitais estrangeiros. Além disso, fluxos provenientes das safras de commodities agrícolas devem ganhar força nos próximos meses. https://exame.com/noticias-sobre/dolar
"Os fundamentos não mudaram, a tendência ainda é de baixa", disse o operador de câmbio da Intercam Glauber Romano.
Se essas expectativas se confirmarem, a autoridade monetária não teria de intervir, e o dólar caminharia para níveis mais baixos naturalmente.
Entretanto, dados divulgados pelo BC têm mostrado forte saída de dólares da economia brasileira. Em março, o fluxo cambial ficou negativo em 726 milhões de dólares, até o dia 20.
Para o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, isso deve levar o mercado a testar níveis ainda mais altos para o dólar, possivelmente motivando uma intervenção do BC.
"Se houver essa pressão sem o cenário externo estar conturbado, é bem provável que ele (BC) entre nos mercados", disse Galhardo.