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Dólar fecha em alta a R$ 1,687, ancorado em medida do BC

Por Márcio Rodrigues São Paulo - O dólar comercial fechou em alta de 0,78%, cotado a R$ 1,687 no mercado interbancário de câmbio - maior valor desde 28 de dezembro último. Na BM&F, a moeda registrou avanço de 0,72%, a R$ 1,6865. O euro comercial cedeu 0,50% a R$ 2,193. A decisão do Banco Central […]

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2011 às 16h14.

Por Márcio Rodrigues

São Paulo - O dólar comercial fechou em alta de 0,78%, cotado a R$ 1,687 no mercado interbancário de câmbio - maior valor desde 28 de dezembro último. Na BM&F, a moeda registrou avanço de 0,72%, a R$ 1,6865. O euro comercial cedeu 0,50% a R$ 2,193.

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A decisão do Banco Central de impor um compulsório de 60% sobre posições vendidas em dólar que excedam US$ 3 bilhões ou o Patrimônio de Referência (PR) das instituições financeiras pesou na valorização do dólar ante o real. No entanto, o cenário externo também ajudou, com a moeda norte-americana ganhando força ante boa parte das divisas.

Para o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel, a medida anunciada pelo BC vai se diluir ao longo do tempo. "Temos uma tendência de valorização do real, uma vez que os dólares continuam vindo para cá. Como os bancos têm 90 dias para se adequar à nova regra, devem reduzir a posição vendida ao longo desse período, sem um impacto imediato", analisa. Ele salienta, porém, que esse prazo também pode estar relacionado a outro "calcanhar de Aquiles da economia": a inflação. "Se a medida fosse mais forte ou o prazo menor, a valorização rápida do dólar poderia prejudicar a inflação. Do jeito como foi anunciada, a medida permite que o impacto seja absorvido ao longo do tempo".

Mesmo com a valorização do dólar, o Banco Central realizou dois leilões de compra. No primeiro, a taxa de corte foi definida em R$ 1,6832. No último, a taxa ficou em R$ 1,6866.

Ao explicar pela manhã a medida adotada pelo BC, o diretor de Política Monetária da instituição, Aldo Mendes, disse que o "ideal" é que o sistema financeiro trabalhe com uma posição cambial mais próxima do equilíbrio, ao invés de se concentrar em um polo específico. Em dezembro, a posição vendida em dólar dos bancos somava US$ 16,8 bilhões. Aldo afirmou que esse nível deve recuar para US$ 10 bilhões com a medida.

À tarde, em sua primeira coletiva, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que a medida prudencial na área de câmbio foi adotada diante da avaliação da autoridade monetária de que a posição dos bancos estava "superdimensionada" em relação ao giro do mercado cambial brasileiro. "A medida tem por objetivo redimensionar a posição de câmbio vendida dos bancos", afirmou.

No exterior, pesou a favor do dólar a desconfiança dos investidores em relação aos países europeus. Segundo a Comissão Europeia, o índice de confiança do consumidor da zona do euro caiu para -11,0 em dezembro, de -9,4 em novembro.

Câmbio turismo

Nas operações de câmbio turismo, o dólar subiu 0,17% hoje para R$ 1,783 (venda) e R$ 1,66 (compra). O euro turismo apresentou estabilidade (0,0%) a R$ 2,34 (venda) e R$ 2,20 (compra), em média.

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